sexta-feira, 14 de junho de 2013

A POLÍTICA DA VERDADE E DA MENTIRA.

Se fizer-mos uma análise séria à política portuguesa desde 25 de Abril de 74 até agora, (do antes de Abril de 74 nem vale a pena falar, foram 48 anos de mentira) concluímos que a mentira esteve sempre do mesmo quadrante político/partidário, quer estivessem no poder ou fora dele. 
Verificando a verdade ao nível do poder político, ela foi notada no curto espaço de tempo em que o povo português mais sentiu melhorias do seu nível de vida e a criação de estruturas com o objectivo de esbater diferenças sociais. Este foi o período de tempo em que Vasco Gonçalves (melhor 1º ministro para o povo em geral) foi 1º ministro. Nesta altura a mentira circulava por fora (anti-comunismo primário). Com a queda do governo do inesquecível Vasco Gonçalves, a mentira foi-se instalando no poder, pela mão dos partidos (PS/PSD/CDS) que nos conduziram até ao triste e miserável momento, atingindo os mais descarados níveis.
Hoje, após quase 40 anos de democracia podemos afirmar que a existência da verdade dentro das estruturas do poder é proporcional ao desenvolvimento económico, social e humano. O seu contrário é proporcional ao atraso civilizacional.
Procuremos então a verdade na política e rejeitemos a mentira, não é difícil perceber onde está uma e outra...!!!

Luis Cardeira

quarta-feira, 5 de junho de 2013

OS JOVENS, FACE AO ACTUAL CONTEXTO, QUE CONSCIÊNCIA POLÍTICA?



Face à situação de profunda crise que o País atravessa e que atinge com uma violência brutal, sobretudo as camadas da população mais vulneráveis, temos
o desemprego, a chaga maior da sociedade que atinge os jovens em maior numero, cujo grupo etário devia estar na linha da frente na luta contra as políticas actuais. Salvo algumas louváveis excepções, o que vemos nos palcos da luta em grande numero são os menos jovens, muitos deles com conhecimento vivido do que foi a tirania fascista, daí a sua consciência de classe e vontade de enfrentar esta quadrilha de assaltantes, o governo actual. 
Pressupõem-se serem sobretudo as camadas mais jovens o grosso dos abstencionistas e dos votos brancos, situação que revela um alheamento total pelas questões da política, como se ela não tivesse qualquer importância na vida de todos nós!? 
Apesar dos desvios que sofreram a democracia e as governações de mentira e corrupção desde M. Soares como 1º ministro até ao momento, foi esse grupo etário que não teve tempo de brincar nem estudar, que não tinha telemóveis nem computadores, que construiu mal ou bem, com virtudes e defeitos, o País que até há pouco ainda se poderia considerar como tal. Sim, porque agora não somos um País, somos um terreiro de miséria e fome sem soberania, onde reina a lei da selva!!!
Quando olhamos grandes lutas contra tiranos de outros países, vemos quase só jovens, precisamente o contrário do que se passa no nosso País. Portanto, apetece perguntar à nossa juventude o que pensam do seu futuro e o dos seus filhos? Afinal que valores vos foram transmitidos? Será que a vossa vida passa apenas pelos telemóveis, iped's, ipod's, computadores, praia e futebol?
Não pretendo melindrar nenhum jovem, (também os tenho em casa, a quem procurei transmitir os melhores valores do que sei e posso) também o fui, mas, despertá-los para a realidade e do que poderá ainda vir, é dever de todos. Tomar plena consciência do momento actual deve ser um imperativo de todos os jovens que se sentem vitimas desta política, sob pena dum futuro muito difícil, sombrio, desumano e longo, à semelhança da ditadura de salazar e caetano, com sua policia política, PIDE/DGS, cujo estado estava ao serviço de alguns privilegiados, onde a maioria não tinha direito a férias, salários justos, saúde e educação; onde só os filhos dos mais abastados estudavam, onde na maior parte dos lares se dividia uma sardinha por três, a roupa era lavada ao fim de semana para se vestir na semana seguinte e só uns poucos podiam ter carro.
Por fim, um apelo aos jovens: se semearem, alguma coisa colhem, independentemente das "tempestades" que possam surgir. Se nada semearem, seguramente nada colhem, ou melhor, só colhem "tempestades"...!!!

Luis Cardeira