sexta-feira, 9 de agosto de 2013
O FENÓMENO PSEUDO-INDEPENDENTE, SEUS OBJECTIVOS E COMPORTAMENTO...
Efectivamente as redes sociais proporcionam informação e discussões publicas a partir do aconchego do lar, que de outra forma seria difícil, se não impossível.
Vem isto a propósito duma publicação bastante pertinente no grupo Marinha Grande sobre o financiamento das campanhas eleitorais dos ditos independentes.
Alguém ficou deveras incomodado/a pela questão, reagindo duma forma muito deselegante, antipática e arrogante, denotando falta de democraticidade e transparência.
A questão em causa é legitima, porque interfere com a vida publica, e um candidato à gestão do dinheiro publico devia saber isso muito bem. O incómodo foi tal que até a palavra cusquice foi utilizada duma forma quase permanente, e quando esta palavra é utilizada num contexto destes, ficamos sem saber o que realmente significa noutro contexto.
Estas atitudes dão que pensar àqueles que, desencantados com a política partidária tradicional, esperariam talvez dar outro sentido ao seu voto em relação ao que é habitual. Mas não, parece que, tomando este como um péssimo exemplo de quem tem pretensões a gerir a coisa publica, diríamos que os ditos independentes estão a contribuir, à imagem de alguns partidos, em muito para a continuação da descredibilização da política portuguesa.
Quem vai acompanhando atentamente e despreconceituadamente o desenrolar da política local, vai dando nota de algumas diferenças para pior. Num momento tão difícil e dramático como o que a maioria dos portugueses está a passar, e ver já plantados por esta cidade uma grande quantidade de painéis publicitários, podemos continuar a dizer que realmente vivemos num País de gente rica!!! Poderão dizer que é tudo a custo zero, mas dizê-lo a uma criança de um ano...!!! Tudo custa dinheiro e nesta sociedade estamos habituados a que ninguém dá nada a ninguém se não tiver em troca a multiplicidade do que deu.
Segundo a lei, as campanhas são financiadas pelo estado, assim sendo não é difícil perceber o investimento.
Será que pessoas com responsabilidades empresariais tenham algum sentido de nobreza publica, quando os seus princípios e objectivos primordiais como empresários são o seu próprio lucro??? Será que em caso de eleição de algum destes candidatos à presidência da câmara, a sua prática política iria no sentido de proporcionar um melhor nível de vida e bem estar aos marinhenses??? É suposto que o principio nobre da política é gerir a coisa publica em prol das populações, tendo-se verificado o inverso, salvo algumas excepções! Passado o acto eleitoral, a primeira medida com que somos presenteados, são aumentos brutais na água, saneamento, resíduos sólidos, entre muitas outras.
Tudo isto faz lembrar o malogrado candidato à presidência da republica, Fernando Nobre. Aproveitou uma pretensa boa imagem e desencanto político/partidário do grande publico, criou divisão na chamada esquerda portuguesa, e não ganhou. Segundo informações, antes já tinha apoiado outras forças partidárias, tendo optado por uma outra após a eleição presidencial, com o intuito premeditado de recompensa com a Presidência da Assembleia da Republica. Acusar do mesmo oportunismo político ( o mais ignóbil alguma vez visto) os grupos de independentes cá do burgo, seria um exagero, mas, é questionável.
Para terminar, só mais isto: "p'ra melhor está bem, está bem, p'ra pior já basta assim...!"
Luis Cardeira
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