sábado, 29 de dezembro de 2012

A MODA DOS INDEPENDENTES

É uma realidade que a classe política portuguesa está descredibilizada, tanto a nível nacional como local, embora pessoalmente entendo que há excepções, tenho motivos justificativos para tal afirmação. Contudo, continuamos a assistir a comentários por tudo quanto é sitio de que são todos iguais. Uns porque se sentem politicamente frustrados, outros porque têm sido enganados, outros porque lhes falta argumento de justificação em relação em quem têm votado, outros ainda porque lhes interessa que assim seja: colocar toda a classe política no mesmo patamar. Todos sabemos que é sempre errado generalizar, há sempre diferenças, melhores, piores e assim assim. Cada um tem que saber distinguir onde está o certo e o errado. Para isso há necessidade de procurar a melhor informação e analisá-la despreconceituadamente, embora saibamos que a comunicação social dominante é tendenciosa e transmite astuciosamente de forma a confundir ou levar o receptor a considerar verdadeiro aquilo que muitas vezes é meia verdade.
São inúmeras as razões pelas quais uma boa parte da sociedade portuguesa está desencantada com a classe política. Este facto acaba por trazer a publico o aparecimento de grupos ou movimentos que se intitulam de independentes, sobretudo a nível local, visto que no contexto nacional ainda não é permitido. Assim, qualquer independente que pretenda concorrer a eleições gerais nacionais terá que se integrar  em listas partidárias.
Sendo certo que a maioria das pessoas que se propõem criar esses movimentos independentes, são oriundas dos partidos tradicionais o que coloca à partida várias questões. Por um lado muitas delas já tinham exercido poderes em nome do partido a que pertenciam, por outro são pessoas que duma ou outra forma estiveram ligados a partidos.
-Primeira questão, que ideologia percorre o pensamento destas pessoas?
-Segundo, àqueles que já passaram pelo poder e pouco ou nada mostraram, que querem fazer como independentes?
-Terceiro, na qualidade de independentes acham que conseguiriam fazer melhor do que apoiados pelos respectivos partidos?
Meus senhores, deixe-mo-nos de oportunismos e mediatismos de que o povo está cansado, queremos sobretudo políticos sérios, competentes e de carácter nobre.
Os partidos não têm culpa de nada, são coisa abstracta. Falemos antes das pessoas que os integram, daquelas que, sem protagonismos nem pretensões pessoais querem e têm capacidade para fazer obra, daquela que resolve os principais problemas que afectam as populações, e não daqueles que apenas procuram vantagens pessoais.
A ideia com que se fica desta "moda" dos independentes, é que se zangaram com os respectivos partidos, uns por pretensões pessoais, outros porque não lhes foi reconhecida qualquer competência, por lutas intestinas pelo poder, outros por vinganças de estimação, etc... O mais lamentável disto tudo é quando se aproveitam da miséria e baixa cultura dalguns sectores da população para se promoverem. Temos o caso nacional mais vergonhoso e paradigmático dum senhor que, sendo presidente duma organização internacional, se candidatou à presidência da republica e se aproveitou dos votos granjeados e de algum suposto prestigio para seguidamente se candidatar oportunisticamente, não propriamente a deputado da nação, mas, à descarada pretensão de presidente da AR.

Luis Cardeira




quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

OS "APARTIDÁRIOS" DE 15 SET, A TSU E AS NOVAS MEDIDAS DE AUSTERIDADE.

Todos nos lembramos da recente manifestação de 15 de Set convocada a partir das redes sociais, dos motivos que levaram à sua realização, a aplicação da TSU e o impacto que teve junto dos governantes. Alguns empresários de topo, sobretudo ligados ao comércio alimentar e outros, também manifestaram a sua discordância sobre a aplicação desta medida, de que iria prejudicar os seus negócios. 
Abandonada esta medida, o governo PSD/CDS não se fez esperar em engendrar uma brutal subida de impostos, reconhecido por muitos como um "napalm" fiscal, que, no seu todo é muito superior à TSU. Como quem diz, "abdiquei da pistola, agora estou de metralhadora", ou seja, o governo deu um passo atrás e três à frente, reforçando a dose a aplicar aos trabalhadores. Era suposto que os tais empresários fossem beneficiados com a TSU, os trabalhadores eram prejudicados com certeza. Agora, perante a carga fiscal reforçada é legitimo questionar, tanto esses empresários como os "apartidários" que convocaram essa manifestação. Se a carga fiscal substituta da TSU é muito superior a esta, então ficamos com muito menos dinheiro para dar resposta às nossas despesas correntes e consequentemente menor consumo de produtos alimentares e domésticos.
Desses empresários nada se espera porque a razão da sua existência é o menor custo e o máximo lucro. O que espanta são os senhores responsáveis pela iniciativa de 15 de Set, que supostamente vivem dos rendimentos do seu trabalho e se ficaram por aí. Terão sido identificados e "comprados" para ficarem quietinhos ou estarão a preparar alguma manifesta surpresa "apartidária" para o inicio do ano que vai entrar, logo após verificarem os seus rendimentos altamente reduzidos? Vamos aguardar para ver, quem luta com persistência não se resignando, e quem dá um coice derrubando a carga para depois aceitar obedientemente uma carga superior.

Luis Cardeira

RESIGNAÇÃO, FATALISMO OU INTERESSES?

Referindo-se à forma desastrosa e ruinosa como Passos Coelho governa o País, alguém disse, "una-mo-nos e corremos com estas bestas do poder", ao que, seguidamente obtém como resposta, "e quem lá metes, aqueles que de lá saíram?"... Um terceiro interveniente acrescenta, "pior que este é difícil, melhor é complicado, mas sempre sairá alguma coisa!". Três posições distintas relativamente a quem ocupa actualmente o poder político. O primeiro acha que há sempre uma solução e não se resigna, o segundo entende que, mal por mal deixai lá estar este, porque melhor não virá. Ora, sabendo todos e reconhecido por muitos, inclusive na esfera ideológica deste 1º ministro, que a política seguida não leva à resolução de qualquer problema nacional, antes pelo contrário, agrava-os, mesmo assim acha que quanto pior melhor. Quem assim pensa terá perfeita consciência do rumo político, será fatalista por natureza, terá porventura privilégios mesquinhos a defender? Quem em sua perfeita consciência cívica de cidadão honesto pode pactuar com a continuação dum governo que ataca sem dó nem piedade aqueles que vivem dos rendimentos do trabalho, que pagam os seus impostos, que criam a riqueza do País, e defende sem reservas aqueles que espoliaram e continuam a espoliar dez milhões de portugueses? Será esta a forma de agir de muitas pessoas na sua vida privada, ao surgirem-lhe problemas assobiam para o lado e tudo se resolverá? Não me parece!
Uma nota sobre o terceiro, tanto se lhe faz...um abstencionista por acaso, daqueles que já votaram algumas vezes na "roda" das más governações!?
É sabido que o ser humano perante as adversidades consegue muitas vezes fazer das fraquezas forças, do desânimo alento e, como sugere o 1º ministro, há que aproveitar a "oportunidade" das dificuldades e passar à posição da prosperidade. As palavras são excelentes, mas, para se conseguirem determinados objectivos, as palavras por si só nada resolvem. São necessárias acções, e oportunidades que nos são constantemente negadas.
Caracterizando o estado actual do País, é como um naufrago em alto mar, vai mantendo-se à tona da água conforme pode e as forças o permitem. Se um socorro surgir a tempo salva-se, de outro modo não lhe resta alternativa, sucumbe.
Estando mais que testada a capacidade governativa de P. Coelho e seu governo, difícil não será encontrar em Portugal uma mão bem cheia de primeiros ministros que farão melhor que o actual.
O grande problema é que andamos há mais de trinta anos a escolher primeiros ministros ávidos de poder, apenas isso, e negligenciamos aqueles que, não mostrando essa avidez, provavelmente fariam mais e melhor pelo País.
Há sempre alguém de boa boa vontade, sem pretensiosismos, com sentido nobre, mesmo desprovido de muitos cursos académicos, capaz de fazer o que não foi feito durante estes anos de democracia. Basta olhar com atenção, despir-se de preconceitos ideológicos, não ser individualista e ter a noção que ao nosso lado existe mais alguém de quem podemos precisar.
Apesar dos contratempos havemos de conquistar um futuro melhor, sem fatalismo nem resignação, mesmo com a inercia de mentalidades tacanhas e oportunistas.

Luis Cardeira

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

AS CLASSES MÉDIAS, QUE FUTURO?

Antes de 25 de Abril de 1974 quase não existia a chamada classe média e poucas eram as pequenas e médias empresas existentes. Com o rompimento do anterior regime e com as novas perspectivas criadas com a instauração das liberdades fundamentais e da democracia, com a nacionalização das principais grandes empresas nacionais, foi possível o surgimento e proliferação das micro, pequenas e médias empresas, as quais têm uma importância vital no desenvolvimento económico do País e no emprego. É com este desenvolvimento que também emerge a tal classe social média ou novo riquismo, como lhe queiramos chamar.
Vejamos então qual o importante papel que esta classe social desempenha ao nível da política nacional. Se porventura somos mais pobres, incultos, com baixa formação escolar, se vivemos em zonas mais isoladas onde não chega qualquer tipo de desenvolvimento, em que a absorção da informação emitida pelos principais órgãos informativos dominantes é manipulada, não objectiva, cujas populações têm dificuldade em entender e interpretar. Teremos aqui uma camada da população pobre sob o ponto de vista material e cultural, (excepção feita à cultura tradicional e regional) cuja pobreza se pode reflectir de forma negativa nos actos político/eleitorais, levando a que estas gentes possam ser influenciadas ou simplesmente alheando-se destas coisas da política. Será falta de sorte pelo local onde se nasce?  Não creio...! Os políticos que têm dirigido os destinos do nosso País é que não têm tido sensibilidade (ou não querem) para com os problemas destas populações. Talvez assim seja mais fácil à classe política dominante "modelar" as mentes destas pessoas para seu proveito político...!
Temos depois as classes médias que, quando empobrecidas se encostam às esquerdas porque estas, duma forma ou doutra defendem melhor os seus interesses. Por outro lado, se estas classes sentem melhorado o seu nível de vida, sentem o seu estatuto social subir, comparam-se aos abastados, acabando no campo político das direitas. Com base nesta análise, não é difícil perceber que são basicamente estas classes que provocam as viragens políticas, do agora governo eu agora governas tu. Podemos afirmar que estas classes sociais estão sempre insatisfeitas, dado o seu comportamento político/partidário? Leva-nos a pensar que sim!
Mas, agora estamos partidáriamente perante um dilema. Esses partidos, PS/PSD/CDS, que têm ocupado o poder com a ajuda, sobretudo destas classes, com a sua prática política ao longo destes anos de democracia, levaram a que se privatizassem essas grandes empresas nacionais, se implantassem e apoderassem delas essa meia dúzia de capitalistas exploradores, que, ao invés de contribuírem para o bem da economia nacional, exploram-na até à ultima gota. Como consequência as micro, pequenas e médias  empresas sucumbem em catadupa, as classes médias desaparecem, desaparece o novo riquismo vaidoso e insatisfeito. E agora, que fazer? Aceita-se o fatalismo de que são todos iguais, que não há volta a dar, opta-se pela abstenção, voto branco, nulo? Não senhores classes médias, se temos responsabilidades com o que se passa actualmente no nosso País, também temos e devemos assumir a responsabilidade de contribuir activamente para alterar o rumo dos acontecimentos, seja através de possíveis eleições ou de outra forma menos ortodoxa! Digo "menos ortodaxa" porque se os exploradores e seus discípulos de serviço (governo) atacam sem dó nem piedade as nossas vidas, dentro e fora das leis, também nós o povo, temos o direito de se defender com a mesma moeda. Dispamo-nos de preconceitos político/partidários, aproveitemos as possibilidades ainda permitidas nesta debilitada democracia e vamos dar volta a este cenário sombrio e devastador das nossas vidas, contribuindo para o derrube urgente deste governo.
Vamos deixar de pensar que também somos ricos e capitalistas, esses são os belmiros, os alexandres, os amorins, os mexias, os catrogas, os f. de oliveira, os granadeiros, os r. salgado, os faria de oliveira, os ulriques e muitos outros. Permitam-me esta palavra hedionda, os nomes que acabei de enunciar são o principal "cancro" do nosso País, juntamente com os políticos que os bajulam.

Nota: nesta opinião critica às classes médias, só deve sentir-se atingido todo aquele que acha servir-lhe a carapuça. Nada tenho contra estas classes nem contra a sua ascensão económica e social, antes pelo contrário. A critica vai apenas no sentido do seu comportamento político/partidário, e que, sem sombra de duvidas, permitiu a dança das cadeiras do poder daqueles que nos conduziram à falência.

Luis Cardeira

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A CARIDADE

Ainda a propósito da caridade.
Temos assistido ultimamente ao aparecimento e à produção de declarações nos diversos órgãos de comunicação social dominante, sobretudo as TV's, duma senhora (provavelmente de sra não tem nada...) muito dedicada à caridade, em que numa dessas declarações afirma que é mais adepta da caridade do que da solidariedade social, entre outras afirmações desonrosas e ofensivas da dignidade humana, dirigidas aos portugueses mais pobres.
É de todos conhecido que essa caridade pode matar a fome por um ou dois dias, mas não mata a fome na semana e no mês seguinte, e por aí fora.  No meu entender não creio que seja esta a forma de matar a fome às pessoas que resolve o problema de fundo, que é oferecer ás pessoas a oportunidade duma vida com dignidade, trabalhando, recebendo em troca o justo valor pela venda da sua mão- de-obra, criando assim  a sua estrutura de vida familiar, com independência económica. O que move então estas pessoas tão adeptas da caridade? Que interesses e vantagens procuram? Alguém que profere declarações, como as que proferiu Isabel Jonet no sentido do empobrecimento dum povo e duma nação, não estará certamente interessada no desenvolvimento e progresso saudável duma sociedade onde todos tenham oportunidades em pé de igualdade, sem descriminações de estatuto social, cultural, religioso, etc!
Uma conclusão se pode retirar destes interesses caridosos, é o hipotético desejo da continuidade e agravamento da pobreza, pois de outra forma não encontram meios para o protagonismo tão desejado nem tão pouco são presidentes de qualquer coisa. Já não cito outros interesses que poderão estar por detrás destas actividades...!!!
Também a igreja católica se dedica à promoção desta actividade através dos seus crentes, vá se lá saber porquê?  Uma instituição que dizem ser uma das mais poderosas e ricas do mundo. Será que reside na pobreza o seu futuro como instituição religiosa, dado que não é de todo desconhecido a sua decadência e dificuldade em atrair novas gerações para os seus quadros?
Mas, temos a outra forma de caridade, esta mais internacional e espectacular... Quantos de nós nos lembramos do avião que parte cheio de farinha de refugo para estados africanos, acompanhado das televisões, onde a morte pela fome é o pão de cada dia, vindo sobretudo daquele País "grande defensor dos direitos humanos", EUA, cuja farinha é muitas vezes distribuída como quem lança milho a um bando de pombos. Fosse este o mal menor, é que no dia seguinte segue outro avião, este sem as televisões por perto, carregado de armas e material de guerra para o mesmo País que no dia anterior recebeu a farinha caridosa e defensora dos tais direitos humanos, mas, a morte continua, agora não só pela fome, mas também pela guerra.  É o cinismo dos poderosos no seu expoente máximo!!!
Será que essa senhora, presidente do banco alimentar contra a fome, não é também portadora dum cinismo absurdo, tendo em conta as suas diferentes declarações sobre a pobreza em Portugal?

Luis Cardeira

sábado, 8 de dezembro de 2012

SEGUIDISMOS OU IDEOLOGIA?


Amiudadas vezes encontramos por aqui (e não só) uns comentadores muito "inteligentes" mas muito seguidistas de certa propaganda política das inevitabilidades, que mais parecem elementos dum rebanho obediente ao seu pastor. Eles são a modernidade, que temos de aceitar as mudanças, as evoluções; ele são as leis arcaicas que já não servem os tempos actuais, etc, etc... Certamente essas pessoas não sofrem na carne e na pele os malefícios das políticas, sobretudo as dos últimos anos e mais concretamente as de há ano e meio a esta parte. Certamente continuam a ter uma vida faustosa e aos seus filhos ainda nada faltou.  Convenhamos que nada temos a ver com a vida de outrem quando a mesma não interfere com a nossa, desde que as suas "faustosidades" sejam o resultado do seu trabalho honesto. Não esqueçamos que vivemos em sociedade, e, para quem tiver algum senso humanístico, não lhe será alheio que os outros também têm um lugar neste planeta...!
Mas, voltemos ao rebanho submisso do inevitável. Se tivermos em linha de conta o pensamento actual que é exactamente o que este governo, na pessoa do 1º ministro, está a seguir, chegamos a esta conclusão: uns tantos saquearam, roubaram e enriqueceram à custa do restante povo, provocaram a crise, destruíram a economia, vão destruindo todo o estado social, (essencial à democracia, a um País mais moderno, mais igualitário e de mais e melhor progresso) prosseguindo uma política que nos asfixia diariamente e nos lança para um abismo o qual desconhecemos, não sabendo a sua dimensão, nem quando e como sair dele. A mesma gente que em mais de trinta anos nos conduziu a este lamaçal, vem agora acusar o comum dos portugueses que têm vivido acima das suas possibilidades, no fundo acusando-os de únicos culpados desta crise capitalista, ao mesmo tempo forçando-os a pagar uma dívida que não fizeram, enquanto os verdadeiros obreiros desta situação continuam a enriquecer e a sacar livremente o pouco que ainda resta. Posto isto, vêm os apologistas da evolução, da modernidade, que temos de alterar a nossa forma de viver, no fundo fazer crer que os outros são uns atrasados, parados no tempo, como se esta situação dramática que vivemos fosse progresso, evolução, modernidade, etc, etc...
Em jeito de conclusão, temos que mudar sim, mas para melhor, não para pior como têm feito todos os governos desde o tempo em que M. Soares foi 1º ministro, passando por C. Silva, A. Guterres, D. Barroso, S. Lopes, Sócrates, e agora P. Coelho.
É com políticos destes que querem evolução, progresso, mudança para melhor? Senhores comentadores, são estas as políticas que nos levam ao bem estar social, ao modernismo tão apregoado, ou são estas políticas que nos fazem regredir e atrasar em relação a outras nações mais evoluídas??? Às vezes é preciso uma paciência do caraças para ouvir (ler) aquilo que os "iluminados" nos querem impingir e transcrito pelos submissos da inevitabilidade. Tratar-se-à duma questão ideológica,  pura ignorância ou interesse pessoal!!!

Luis Cardeira

domingo, 2 de dezembro de 2012

UM PARTIDO (I) "RESPONSÁVEL"

Raro é o dirigente do PS que não diga nas mais diversas circunstancias que o seu (deles) é um partido "responsável". Ainda hoje um desses dirigentes, Alberto Martins, em declarações aos jornalistas à saída do congresso do PCP usou essa palavra. Depois de ouvir tanta vez que o PS é um partido "responsável", e, fazendo uma retrospectiva do que têm sido as suas governações desde 1976 a esta parte, pergunto, afinal que responsabilidade têm tido estes srs enquanto governantes, cujas governações têm contribuído fortemente para o descalabro económico e degradação da vida da maioria de quem trabalha??? É isto um partido "responsável", inclusive com as mãos sujas de corrupção???
Se o PS é um partido responsável, então Portugal não precisa de pessoas responsáveis...!!!
A maioria dos portugueses pode ter memória curta, mas nem todos...

Luis Cardeira

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A VERDADE VEM SEMPRE AO DE CIMA

Quem como eu viveu o 25 de Abril de 1974 (cumpria serviço militar na Guiné Bissau, regressando em Setembro) e os tempos que se seguiram, tem hoje uma visão e uma consciência muito mais nítida da realidade daquele e do tempo que se seguiu até ao presente.
Todos os que estão próximos da minha idade e acompanharam minimamente o desenrolar dos acontecimentos políticos que se seguiram ao derrube da ditadura salazarenta, lembram-se dos "venenos" anti-comunistas que então eram lançados aos ouvidos do povo simples, inculto e com nível de escolaridade  muito baixo, para que os comunistas fossem vistos como o pior dos "demónios" que andam à solta neste mundo. Por via deste feroz anti-comunismo, alguns militantes comunistas que residiam em zonas onde o caciquismo local era implacável e violento, sentiram-se obrigados a fugir à fúria anti-comunista instigada muitas vezes por alguns padres e pelos "senhores" que antes estiveram ao serviço da ditadura fascista, porque as suas vidas corriam riscos.
Que me lembro eram estas algumas das frases anti-comunistas mais badaladas e espalhadas pelas aldeias, vilas e cidades deste País:
-era a injecção atrás da orelha aos velhos,
-os comunistas comiam crianças ao pequeno almoço,
-os comunistas tiravam tudo às pessoas, terras, carro, casa, etc.
-com os comunistas todos tinham que usar farda igual como na prisão,
-os jovens não podiam usar cabelo crescido...enfim, uma monstruosidade anti-comunista absorvida ingenuamente por pessoas simples, mas, que lhe entrava na cabeça como agulhas lancinantes.
Muitos nos lembramos dos meses em que Vasco Gonçalves (desde sempre o melhor 1º ministro para o povo trabalhador) exerceu o cargo de 1º ministro e que foi apelidado pela corja fascista de outras tantas monstruosidades:
-destruia o País,
-vendia tudo,
-desfazia-se do ouro deixado pelo fascismo,
-era doido,
-só tinha o sétimo ano, etc, etc...
Passados estes trinta e oito anos de democracia, fomos governados basicamente pelos diversos dirigentes do PS/PSD/CDS, sozinhos ou em coligações, cujos resultados são de todos conhecidos. Lembrar que a ascensão ao poder desses partidos foi sempre conseguida com base em mentiras, tanto ao nível de promessas que à partida não eram para cumprir como da continuação de formas diferentes de anti-comunismo. Contudo, a verdade é sempre como o azeite na água, pode demorar muito tempo, mas vem sempre ao de cima. É evidente que as gerações mais jovens não terão o mesmo conhecimento sobre os acontecimentos pós 25 de Abril, por isso, não lhes será tão fácil fazer esta avaliação.
Pomos então em evidencia toda a espécie de anti-comunismo primário posto em prática e continuado até ao presente, com o momento actual:
-os comunistas "matavam" os velhos com a injecção atrás da orelha, quantos, onde?! Agora, quem mata os velhos com a retirada das condições de acesso aos cuidados de saúde, o roubo das suas pensões, aumento brutal do custo de vida, etc.?

-os comunistas comiam crianças ao pequeno almoço, quantas crianças, onde?! Agora, quem mata crianças à fome, (são largos milhares já identificados nas escolas) porque os pais estão desempregados ou por outros motivos de toda a espécie de dificuldades criadas à sociedade, não têm condições de os alimentar?

-os comunistas tiravam tudo às pessoas, terras, carro, casa, etc, como, onde?! Agora, quem tira as terras, o carro e a casa?

-com os comunistas todos tinham que usar farda igual como na prisão, qual farda, onde?! Agora, quem nos obriga a vasculhar o fundo do baú (quem o tem) na mira de encontrar uma peça de roupa em condições de uso?

-os jovens não podiam usar cabelo crescido, qual cabelo, onde?! Agora, quem nos obriga a ir menos vezes ao cabeleireiro porque se perdeu o emprego e não se tem qualquer outra fonte de rendimento?

 - o 1º ministro Vasco Gonçalves que destruía o País e tudo vendia, que destruiu, que vendeu?! Agora, quem destrói, quem vende o País, quem vendeu o ouro?

-Vasco Gonçalves o 1º ministro "doido"?! Agora, quem é doido e tenta também fazer os outros?

Eis uma realidade dura e crua dum povo sofrido, humilhado, esmagado, enganado, espoliado, roubado, ofendido na sua dignidade, votado à miséria por uns tantos senhores agrupados em seitas maçónicas e nesses partidos políticos PS/PSD/CDS, banqueiros, administradores, gestores e outros tantos corruptos e malfeitores...

Afinal quem são os comunistas, o que fazem, o que desejam ao povo que trabalha, ao País...???
Temos deles o melhor exemplo no País, nos concelhos onde governam!!!  Se duvidas houvesse, são na política portuguesa, com seus defeitos e virtudes, aqueles que nos restam em quem confiar o nosso futuro.

Luis Cardeira



sábado, 24 de novembro de 2012

O ESTADO MAU GESTOR?


De quando em vez ouvimos por aí uns políticos pronunciar uma frase algo batida, cujo significado para seus autores será muito claro.
É esta a frase, "o estado é um mau gestor", como se o estado não fossem apenas pessoas, sim, pessoas... umas mais competentes e profissionais, outras porque se meteram na política por não saberem fazer mais nada, outras ainda com grande apetência para a vigarice, roubo e corrupção. Se isto não fosse um caso muito sério, daria para rir à gargalhada quando ouvimos tais afirmações de gente académica.
Vejamos, normalmente a maioria dos políticos que a pronunciam exercem ou já exerceram cargos públicos. Esses mesmos, do PS/PSD/CDS, aqueles que todos conhecemos que têm levado o País à ruína. Estes sim, as mentes iluminadas, formados nas mais altas instâncias nacionais e internacionais do ensino superior, estes que tudo sabem, eles e só eles. São estes, alguns quase se endeusam no saber da economia, das finanças, etc.  Esses tais sempre desejosos para ocupar as cadeiras do poder em nome dum povo que defraudam com promessas envenenadas e mentirosas. Têm sido esses os gestores do estado que dizem ser mau gestor, são esses tais que após se aproveitarem desse estado (impostos de quem trabalha) em proveito próprio, após saída da política activa têm nas grandes empresas públicas e privadas os seus lugares reservados como administradores, gestores e outros lugares para estupores.
Ouvi recentemente aqui no burgo, esta frase mais uma vez, de alguém que já exerceu um cargo público. Fiquei indignado, tal como há uns anos num qualquer debate televisivo com políticos de âmbito nacional, em que um actual dirigente do CDS pronunciou esta frase, tendo como resposta imediata do entretanto falecido dirigente comunista Luis Sá, "está sempre a dizer mal do estado e com tanta vontade de nele se meter", fechou a boca e ficou algum tempo calado.
O estado é mau gestor para servir a população no que lhe compete enquanto nas mãos de gente desonesta, sem escrúpulos e sem carácter; é bom quando sai em socorro dos trafulhas, tipo BPN e quando dá garantias à banca e às PPP se a coisa dá para o torto.
Para quando um estado nobre que cumpra o seu dever para com os cidadãos de forma igual e que castigue os prevaricadores? Será quando o povo quiser...!!!

Luis Cardeira

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O APOIO E SEU RESULTADO.

Como já estamos habituados, não faltam elogios e apoios ao governo em cada visita da troika, de que  Portugal está no bom caminho, que não vai ser necessário nenhuma renegociação da dívida publica e não será igual à Grécia, etc, etc...
Não é de admirar a origem destes apoios, por certo, onde este governo mais precisa de tal apoio não o encontra.
Que interesses existem afinal por detrás destes elogios? Não é certamente o apoio ao desenvolvimento da nossa economia, com a consequente criação de emprego e mais riqueza, isto não é novidade para ninguém! Não, o que eles apoiam são exactamente as medidas de austeridade, a pobreza geral dum povo, a destruição completa de direitos fundamentais adquiridos, a subjugação do nosso País aos interesses gananciosos do capital internacional, em suma, a nossa perda de soberania económica. Quando se perde este valor nacional, perde-se o resto! No fundo, a tentativa e esforço por manter no poder um governo que internamente perdeu todo e qualquer apoio, que está a um passo de cair, mas, que é perfeito como fiel serventuário dos interesses desta gente sem rosto e sem pudor.
Não precisamos ser especialistas para entender coisas acerca de como resolver os problemas por que estamos a atravessar. Para os menos jovens, basta olharmos para trás e ver o que nos ensina a história e a experiência.
Se, apesar de tudo o nosso País atingiu um determinado nível de prosperidade nestes anos de democracia, deve-se em primeiro lugar a esta mesma democracia, à instauração das liberdades fundamentais, ao aumento do salário mínimo, em geral de todos os salários, à criação de direitos e regalias próprios duma sociedade moderna e avançada, embora não tão avançada e disciplinada como desejável. Porém, não foi por causa da criação destes direitos e regalias que os pequenos e médios empresários deixaram de proliferar, de investir, de progredir e arrecadar seus lucros, antes pelo contrário...!
Portanto, podemos afirmar sem margem de erro que a criação de direitos e regalias aos trabalhadores, é directamente proporcional ao desenvolvimento e progresso da nação, da mesma forma está a retirada desses mesmos direitos para o afundamento e destruição de toda a economia. Estes pressupostos deviam ter a atenção dos pequenos e médios empresários, considerando-se muitos deles consciente ou inconscientemente de estatuto social elevado, são, tal como os trabalhadores, vitimas da tal ganancia do capital agiota. A prática do actual momento prova isso.
Por fim, o tal apoio vindo do exterior tem como objectivo principal a exploração, empobrecimento, miséria, condicionamento das liberdades fundamentais e da própria democracia, sujeitando o País ao seu domínio e humilhação.
É um facto que o povo só se levanta e contesta estas políticas das mais variadas formas, consoante o seu grau de agravamento, de aplicação e a repercussão que tem na vida dos diversos grupos sociais. Estando este governo determinado em prosseguir a política que nos conduz ao abismo, sem luz ao fundo do túnel, que já demonstrou estar errada, só resta ao povo uma alternativa, continuar a luta já desencadeada sem tréguas até este governo cair, e ele cairá...
Mas, que ninguém tenha dúvidas, se o povo quiser a inversão desta situação tem que haver um corte total com os políticos e com os respectivos partidos, responsáveis por esta situação começada a criar há mais de trinta anos. Coloca-se a questão, quem vai então tomar o poder? Simples, se continuarmos a usufruir dos princípios democráticos, basta que nos dispamos de preconceitos partidários e em eleições mudemos o sentido do nosso voto. Afinal uns não são tão iguais como outros, uns têm corruptos que a outros ainda não foram atribuídos.
O medo está a perder-se, resta perder-se o preconceito...!!!
Luis Cardeira



terça-feira, 20 de novembro de 2012

QUE ESPÉCIE HUMANA?

Cada espécie terrestre, por norma respeita-se entre si e não se auto-destrói. Os humanos, sendo portadores de inteligência e raciocínio, constroem, destruindo o seu meio ambiente e a si próprios. 
-Constrói-se uma fábrica, destrói-se o ar que respiramos. 
-Por ganancia de dinheiro, poder, porque não se gosta do outro pela diferença da cor, da opinião, se faz uma guerra e se destroem vidas humanas 
mais o que se construiu.
Afinal que espécie é esta, onde está o humanismo e o respeito pelas diferenças de condição?

Por incompetência, por ideologia, por servilismo cego ou por mera malvadez humana, temos um governo que não respeita a sua espécie, votando-a ao abandono, à miséria e a tudo o que de pior se pode fazer a um povo no século XXI.
Se este e tantos outros governos do mundo não respeitam o seu semelhante, porque motivo os povos do mundo hão-de respeitar tal casta de governantes???

Luis Cardeira

"CUSTOS DO ESTADO COM A EDUCAÇÃO."


Segundo um estudo mandado realizar pelo ministério do ensino, concluiu-se que se gasta por ano cerca de 86.000 euros com cada turma do 2º, 3º ciclos e secundário, o que dá cerca de 4.000 euros por cada aluno.Certamente não cabe ao cidadão comum avaliar se esta despesa é elevada ou se podia ainda ter mais investimento, visto ser uma área, de cuja qualidade depende o futuro do País.
Naturalmente que este estudo tem em vista a redução de custos e não a melhoria na qualidade e quantidade do ensino, razão pela qual se apresenta a lista de custos que se segue, para que se compare qual o sector onde se deve investir ou cortar e qual deles é mais rentável ao País...

E se o ministério da educação (estado) mandasse realizar um estudo de quanto custa:
-cada deputado?
-cada ministro?
-toda a estrutura da presidência da republica?
-cada director geral?
-cada assistente?
-cada chefe de gabinete?
-cada ex-presidente da republica?
-cada ex-ministro?
-cada ex- deputado?
-cada ex-director geral?
-quanto custam as reformas douradas a toda esta gente que roubou, que endividou e que protagonizou negócios ruinosos ?
-cada PPP.?
-cada BPN?
-cada BPP?
-quanto custa dar garantia à banca privada quando há prejuízos e quanto custa quando dá lucro...?
-quanto custam os juros que se pagam à banca privada quando o estado podia utilizar essas verbas com a mesma taxa de juro, contraindo os empréstimos directamente no BCE?
-quanto custam os juros da divida publica pagos aos agiotas da finança internacional, quando se podia bater o pé e forçar a negociação, baixando a respectiva taxa de juro?
-quanto custa o negócio dos submarinos?
-quanto custam os desvarios dos D. Limas. D. Loureiros, O. e Costas, V. Loureiros, F. Felgueiras, Varas, I. Morais, A. J. Jardins, etc, etc, etc...?

Se o estudo recaísse sobre estes factores ruinosos para a nação, talvez se concluísse que os custos com o ensino, (futuro de Portugal) com a saúde , (povo saudável e mais feliz) com o estado social, (pago por todos) chegar-se-ia à conclusão que estes investimentos não eram assim tão caros e contribuiriam certamente para que a nossa economia fosse mais eficaz, mais produtiva e mais competitiva?
Sem com isto querer dizer que não se deva racionalizar os gastos, sem nunca por em causa o normal funcionamento e apetrechamento dos diversos sectores do estado.
Luis Cardeira

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

"A HONRADEZ" (?)

‎"Pertenço a uma raça de homens que gosta, mesmo quando não é o próprio a causa do endividamento, de honrar os compromissos do País, de pagar aquilo que deve, mesmo que por essa razão tenha de solicitar aos portugueses um sacrifício ainda maior."
Estas são palavras do 1º ministro.
Quem lê isto pode até ficar com a sensação que este "iluminado" é um homem muito inteligente, cuja seriedade está acima de tudo e todos. Vejamos então a "honradez" deste sr. Em campanha eleitoral prometeu o céu e a terra aos portugueses, tendo inclusive a desfaçatez de mentir a uma simples criança.  Sabendo todos o que prometeu e o conhecimento que temos de que faz exactamente o seu contrário, impõem-se a pergunta, que raça de homem, que honradez é a sua...???  É esta a raça de quem gosta de honrar compromissos, pagos com o dinheiro dos outros aquilo que meia "dúzia" de meliantes roubaram das formas mais ardilosas ao povo português e que é agora o sacrificado...? Que fácil é pagar dívidas com o dinheiro dos outros...!!! "Se estou endividado, pego em mim todo poderoso, vou aos familiares, amigos e vizinhos, obrigo-os a uma contribuição e pago o que devo, sou um herói..." 
Portugal e os portugueses dispensam e passam bem sem homens desta raça e com este nível de honradez...!!!
Luis Cardeira

sábado, 10 de novembro de 2012

A JUSTEZA DA VERDADE.


No editorial do JMG desta semana dia 8, escreve o seu director sobre os desenvolvimentos partidários locais com vista às eleições autárquicas do próximo ano, colocando os dois principais partidos ao mesmo nível de responsabilidade governativa pelo que de bom e mau se tem realizado ao longo dos anos pós 25-04-74.
Pretendo apenas defender o que acho justo, razão pela qual esta critica.
Acho esta opinião demasiado tendenciosa, se não injusta, ou seja, "se uns fizeram mal os outros também..." isto é também o que se ouve por parte de alguns sectores da política nacional, "são todos iguais", "se eu comi os outros também comeram", etc, etc...
Sabem os mais atentos a esta coisa das governações locais que, embora todos façam algo de bom e útil e todos possam cometer erros, uns têm seguramente feito mais e melhor, enquanto outros cometeram erros graves demais que custam muito caro aos munícipes.  Se quiser-mos ser imparciais na análise, basta estudar o passado das governações camarárias e o sr director do JMG terá com certeza ao seu dispor informação bastante para uma avaliação correcta e justa. São opiniões desta natureza que levam muitas vezes os mais desprevenidos sobre estas questões a ficar confusos sobre quem fez o quê e não fez, e devia ter feito.
Diz-se que a comunicação social é o quarto poder, parece-me ser verdade, até a nível local. Portanto, um jornalista que se queira sério na análise e informação, deve ser rigoroso, informando com toda a verdade.
O sr director sabe como ninguém a força partidária que mais se empenhou na construção do saneamento básico. Sabe como ninguém, e ele próprio já escreveu sobre o assunto algumas semanas após a conferencia de Barros Duarte no SOM, conduzida pelo seu jornal, onde o ex-presidente de câmara afirmou os motivos principais da desertificação do centro da cidade e seus responsáveis.
Perante o enunciado no seu editorial sobre as andanças partidárias locais, questiona no fim, "se devemos votar?". Ora, parece-me esta pergunta desajustada, como que, convidando ao alheamento dum acto eleitoral. Mas enfim, provavelmente somos quase todos uns apartidários, mas no fundo, somos tão partidários como os partidários, apenas de forma mais subtil...

Luis Cardeira

domingo, 4 de novembro de 2012

TRAIÇÃO E VERDADE.

Em recente entrevista  ao DN  o Dr. Mário Soares afirmou que Passos Coelho é um súbdito submisso de Merkel, só faz o que ela manda e "nem sequer tem bom gosto". Mais adiante diz, "se o governo se demitir dá ao País uma prova de sensatez.  Que P. Coelho  é um pau mandado de Merkel, não é novidade para ninguém, que não tem bom gosto, não sabemos a que se refere, caso se demita não dará ao País uma prova de sensatez, dará pelo menos ao País uma sensação de descompressão.
Adianta ainda que a realização de eleições nesta altura complicaria a situação, defendendo que o executivo deve cair. Vamos acreditar que eleições antecipadas nesta altura não resolveriam de facto coisa nenhuma, sobretudo se concluirmos que os possíveis vencedores seriam o seu partido (PS) liderado por António José Seguro, ou ainda, se o povo voltasse a cair no gravíssimo erro de eleger gente do PSD e  CDS.
Podemos concluir destas declarações que o Dr. Mário Soares passou um atestado de incompetência ou incapacidade ao actual líder do partido do qual foi fundador, A. J. Seguro, para tomar em mãos os destinos do País. Efectivamente não poderíamos estar mais de acordo, apesar de, também o Dr. Mário Soares ter sido um governante traidor dos anseios do povo português, não deixa de quando em vez dizer umas verdades que fazem sentido.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

AS TREVAS OU RESPIRAR DE ALIVIO

O momento político actual está deveras perigoso a nível mundial, mas, sobretudo a nível nacional. A nossa débil democracia corre sérios riscos. Salvar a democracia e o País passa por derrubar este governo com urgência, desconhecendo-se o que virá a seguir. 
Tudo indica que a política seguida por estes "miúdos" conduz-nos a um regime anti-democrático/fascisante, pondo em causa a digna sobrevivência da maioria das pessoas. Creio que a vontade do povo português neste momento é evitar a todo custo tal intenção, daí, também a urgência da luta organizada nas ruas e em todos os locais onde se possa travar. 
Exceptuando a instauração de um tal regime obscuro e desumano, outro qualquer que apareça com carácter democrático após o derrube de P. Coelho, será um respirar de alivio para a maioria do povo português... É URGENTE...
Luis Cardeira

domingo, 28 de outubro de 2012

UMA ORDEM OU UMA OBSESSÃO?



Não é necessário ser especialista em coisa alguma para entender o que a seguir vou expor e, se alguém achar que não faz sentido, agradece-se explicação de quem esteja melhor preparado.


Não é novidade para ninguém (excepto para P. Coelho, seu governo e presidente da republica) que o nosso País precisa de investimento na produção de bens de consumo, cuja riqueza trará por consequência benefícios positivos a toda a sociedade: mais emprego, mais bem estar, mais consumo, mais impostos, etc,
Posto isto, como é possível um País sair duma crise tão profunda e agudizada como a actual com pessoas sem a devida assistência médica/medicamentosa, (doentes) sem educação escolar e formação de qualidade, ("analfabetos" e mal formados) com gente mal nutrida e esfomeada, votada a pobreza extrema imposta pela austeridade cega, gente desmotivada pelo corte nos salários, pelo roubo descarado dos subsídios de férias e natal, pela retirada constante de direitos fundamentais???  Como se isto não bastasse, assistimos ao encerramento diário de empresas com as consequências nefastas que isso acarreta, ao nível do emprego, na redução de impostos arrecadados pelo estado, em suma, mais cidadãos a solicitar, menos a contribuir. Por outro lado temos o custo elevadíssimo das energias, (combustíveis e electricidade) tanto para as famílias como para as empresas, o que contribui certamente para encerramentos e não incentiva ao investimento. Qual o investidor estrangeiro interessado em investir num País (produção de bens) com uma carga de impostos como a nossa e com o preço incomportável das energias ...?
Perante este cenário temos um governo, cego, mudo, incompetente, arrogante, isolado, que continua na sua obcecada teimosia da austeridade, do empobrecimento e miséria, nos cortes na saúde na educação, em tudo que são direitos básicos e legítimos duma sociedade dita de moderna. Perguntar-se-há então, que fazer para seguirmos o caminho que é lógico seguir para sairmos do fosso em que nos querem meter... Acho que a resposta é óbvia...!!!
Luis Cardeira

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

"DOÇURA" E ÁCIDO.

Como é publicamente conhecido, o ministro das finanças Vitor Gaspar aquando da apresentação do orçamento de estado para 2013, afirmou que, pela sua parte, a participação no Governo tem por único propósito retribuir o enorme investimento que o país colocou na sua educação. Uma educação que Gaspar descreveu como tendo sido «extraordinariamente cara». Afirmou também por ocasião do debate das moções de censura do PCP e Bloco de Esquerda, que o povo português revelou-se o melhor povo do mundo e o melhor activo de Portugal. De acordo com este elogio...! O que não é de acreditar que o povo se sinta lisonjeado, nem mereça que um tal ministro brinque desta forma com as suas vidas...! Se considerar-mos a política de falência económica e social protagonizada por este ministro, de duas uma, ou isto foi uma brincadeira de mau gosto, ou é puro cinismo e arrogância. Que sentimento pode um povo mostrar por tais declarações, quando este sr lhes oferece cruelmente miséria e pobreza...? Apenas indignação e repulsa...! É caso para questionar-mos, que mais irá acontecer a este bom povo que tem aguentado com tanta malvadez humana num século que deveria ser de progresso económico, educacional, social, cultural, etc, e acaba sendo um século inicialmente de retrocesso civilizacional.
Luis Cardeira

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O PRESENTE, E QUE FUTURO?

 Quem acompanha o que vai saindo nos principais órgãos de comunicação social, já se terá com certeza dado conta que os habituais comentadores e ex-dirigentes partidários da direita, viraram completamente à esquerda...(???)É quase linguagem corrente entre essas personalidades, a forte contestação às ultimas medidas anunciadas pela rapaziada do governo. Irão algumas dessas medidas tocar agora alguns interesses desses personagens, e, aqui Del-Rei que me puxam a ponta dos cabelos? Enquanto há semanas antes quando apenas tocava só aos outros, (baixos rendimentos) tudo era normal e inevitável...! Já se ouviram fortes expressões de contestação às ultimas medidas, mas a que se ouviu hoje dum ex-ministro das finanças, Bagão Félix, foi arrasadora: "napalm fiscal". A tensão aumenta, o País afunda-se a olhos vistos, a grande maioria do povo sofre, os grandes poderosos escapam, o governo não toma a iniciativa de se demitir e o presidente da republica, cheio de medo, "assobia" para cima como se nada de grave se passasse neste País. Seja de que forma for, este governo cairá dentro de pouco tempo, ele está preso por um fio desfiado... Como não se pode contar com alguma iniciativa de quem de direito, só resta uma saída, que seja o povo em massa a usar a sua legitima soberania, já que eles dizem tanta vez que o povo é soberano, e derrubar o governo, destituir o presidente da republica (se não faz o que deve, que está lá a fazer?) e dissolver a AR. Depois coloca-se a seguinte questão, e agora quem governa...se eles também dizem que o povo é inteligente, terá com certeza inteligencia necessária para escolher um novo governo com personalidades partidárias ou não, bem conhecidas pela sua honestidade pessoal e intelectual, que se comprometa com os verdadeiros problemas e interesses do País e do povo. Este governo tem que ser responsabilizado, deve ter o apoio das massas, mas também tem que se sujeitar à sua vigilância. Nenhum português consciente e minimamente formado, se deve demitir das suas responsabilidades políticas. Podemos dizer que não somos políticos, não entendemos nada disso e não nos queremos meter nesse "lamaçal". Não é bem assim, porque quando nos dirigimos ao médico, à farmácia, à escola, ao supermercado, à procura de um emprego, etc, todos nos lamentamos que os serviços são maus e caros, o supermercado fica-nos com a mesada e não chega, a luz é caríssima, a água idem, e trabalho nada... então, isto não é a nossa política, não é para termos uma vida mais digna e feliz que votamos nos partidos ou nos abstemos...? Por não termos sido mais activos e participantes na vida política durante os últimos trinta e oito anos é que chegamos ao lamaçal que é hoje o nosso País! Só com a nossa participação activa, (sem ser necessário pertencer a um partido) com a nossa vigilância, podemos ter no governo homens e mulheres dignos de ocupar as cadeiras do poder, (temos que acreditar que os há, não podemos ser fatalistas a esse ponto)e assim construirmos em conjunto um Portugal mais igual para todos, independente, próspero, e que nos devolva a dignidade que merecemos como povo honesto e trabalhador.

Luis Cardeira

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O BOM LADRÃO

É por demais evidente a nova forma de comunicar do governo, de outra maneira e como se viu com a TSU, os portugueses não entendem, como a carga é de tal forma pesada, o "burro" deu um coice de aviso e lá se foi apenas uma parte do pesadelo. Passado este aviso alguma coisa mudou para continuar na mesma ou pior, se avaliarmos a situação pela nova carga de impostos anunciada, desta vez pelo ministro das finanças. Com um pouco de atenção e análise verificamos que esta dose é muito mais pesada que a anterior, sendo caso para perguntar se depois dum sair à rua como há muitos anos não se verificava, no dia 15 Set, para não falar do dia 29, (que para alguns ela é conotada com a CGTP), como se todos não fossemos portugueses com os mesmos sentimentos e as mesmas necessidades...e agora com mais esta afronta à dignidade dos portugueses, os promotores da indignação do dia 15 continuam impávidos à espera que o governo nos ofereça alguma migalha "envenenada"? Sabemos que as fileiras daqueles que nunca se resignaram foram engrossando, mas, é necessário mais, e, não podemos esperar que alguém caia do céu e retire este governo do sitio onde nunca devia ter posto os pés. A continuar e com a nova estratégia de comunicação subtil e enganosa, temo que muitos portugueses se deixem iludir pela nova forma de apresentar as novas medidas de austeridade, acabando por desmobilizar. Se a mobilização de 15 de Set teve um objectivo claro e foi conseguido, provou-se que o povo unido e em massa pode fazer mudar muita coisa a seu favor, por conseguinte, a nova dose de austeridade dá ainda mais motivos para não ficarmos parados e continuar a luta até que seja devolvido o País aos portugueses. Porquê então o bom ladrão...? A governação desta equipa que dizem ser governo, mais não é que um ladrão que rouba um porco ao vizinho do lado com posterior conhecimento deste, o roubado por sua vez teme-o e não o enfrenta. O ladrão trata da matança, com aproveitamento total de todas as partes do animal, consome, distribui pela família e amigos, por fim lembra-se, em jeito de gozo e receio ao mesmo tempo, suspeitando que o lesado possa estar a preparar alguma cilada, e, oferece a este uma morcela no sentido que o vizinho ainda agradeça, porque afinal o larápio não é assim tão mau... Vejamos a nova estratégia do governo, reforçar a dose a aplicar, mais que o que acham necessário, e depois anunciar que na medida que vão reduzindo a despesa vão aliviando a carga fiscal. Isto é de facto dar uma morcela a quem der um porco, neste caso é roubar. Reparem na linguagem comum de alguns ministros sobre este pretenso aliviar da carga fiscal...!!! Resta-nos ler nas entrelinhas, analisar o que está por detrás de certa linguagem e não embarcarmos mais, seja em que forma de comunicação possam inventar. Se estes rapazes fossem tão bons profissionais para aquilo que estudaram como são para ludibriar o povo a aceitar sacrifícios, talvez o nosso País estivesse menos mal. Relembro aos menos atentos nestas andanças que a "treta" da comunicação de medidas austeras já vem de há mais de três décadas, estando aí o resultado de tudo quanto fomos acreditando.

Luis Cardeira

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

DESPERTAR DO POVO.

Presentemente o povo português encontra-se numa encruzilhada deveras difícil, em que a miséria já campeia por uma grande parte dos lares, resultado de políticas de há décadas, com forte agravamento nos últimos anos e uma escalada sem precedentes no ultimo ano. Face a esta situação perigosa de perda de soberania, de desencanto do povo em relação à política, (mas com continuação do beneficio dado àqueles que nos conduziram até aqui...) a fragilização da democracia, a completa degradação da vida humana, duas questões se colocam no imediato ao povo português: ou se levanta de novo multiplicando a manifestação do dia 15 e 29 Set, fazendo recuar o governo (implicando mesmo a sua demissão) em mais um ataque reforçado e feroz aos mais baixos rendimentos, ou resignamo-nos, caindo no fatalismo das inevitabilidades e da inexistência de alternativas propagada pelo governo e comentadores ao seu serviço. O mais certo é que daqui a poucos meses os números continuam a dar-nos as piores indicações e o governo forja mais uns pretextos para nos lançar mais sacrifícios, (caminho da Grécia) enquanto o capital especulativo continua a viver à grande e à custa da nossa miséria. É bom lembrar que nunca virá um governo pior que este e se dissermos claramente uma vez mais que não estamos dispostos a fazer mais sacrifícios, eles são obrigados a tocar naqueles que nunca contribuíram e se enriqueceram, ou então, rua...!!

Luis Cardeira

domingo, 7 de outubro de 2012

CONSCIÊNCIA SOBRE A REALIDADE.

Para que ninguém mais, os mais incautos, voltem a cair no velho conto do vigário, (trinta e tantos anos bastam e sobram) aqui fica uma carreira partidária que nos conduziu ao caos e à miséria. Cavaco Silva (PSD) dez anos como 1º ministro, destruiu o melhor da nossa industria nacional , as pescas e a agricultura. Foi um dos grandes responsáveis pela entrega das empresas monopólio natural aos privados, com o consequente prejuízo para o País e população, (constantes aumentos de preço destes bens essenciais) e, sobretudo para as micro, peq. e médias empresas, tão dependentes dos produtos e serviços dessas gr empresas. Desaguaram fundos da UE na sua governação aplicados essencialmente nas auto-estradas, outros provavelmente desaguaram nos bolsos dos corruptos, muitos deles bem conhecidos como seus homens de mão. Durão Barroso (PSD) entregou definitivamente a galp nas mãos da especulação, aumentou o IVA e pirou-se para outros voos mais vistosos e menos desgastantes. Além disso, e talvez um dos seus melhores "feitos", assinou uma guerra injusta para agrado do tio sam, "grande defensor dos direitos humanos"(???) Santana Lopes (PSD)...acho que não vale a pena perder tempo, foi mais um atraso... J. Sócrates (PS), vaidoso, convencido e mentiroso, convenceu muitos e enganou-os a todos. Deu inicio ao abrir da cova onde foi metendo Portugal. P. coelho (PSD)/P. Portas (CDS), todos conhecemos o seu trabalho, prometeu que ia tirar Portugal da cova e fez o contrário, começou por enterrá-lo. Como este País ainda não é careca, só deixou os cabelos de fora... Não esqueço a traição de M. Soares (PS) ao povo e a Portugal, nem a governação de A. Guterres (PS) do gastar à fartazana, com obras que não se sabe a quem servem nem a sua utilidade publica. Por tudo o que acabei de escrever digo: PS/PSD/CDS, NUNCA MAIS...se persistirmos neles é a desgraça total e um País de miseráveis.

Luis Cardeira

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

SUBJUGAÇÃO.

Pelo que se constacta, não sabemos quando vamos sair desta crise e se muitos de nós menos jovens alguma vez vamos assistir ao seu fim. Uma coisa temos certa, ela vai continuar e provavelmente a avolumar-se, pelo menos enquanto se mantiver no poder uma sra que dá pelo nome de Angela Merkel, pois ela não manda só no seu País, manda também em quase todo o resto da Europa, cujo principal País beneficiário da crise é o seu. Com a sua saída de cena da UE e do seu País, acredito que, pelo menos, deixemos de ter tantas incertezas, porque a crise para os mais pobres continua sempre, desde que os povos continuem politicamente a dormir com os olhos abertos...

Luis Cardeira

O FRACASSO.

Ao que se sabe o presidente da distrital do PS J. P. Pedrosa escolheu A. Pereira, actual presidente da CMMG para candidato ao próximo mandato, cujas eleições se realizam em 2013. Ora, ao que também é sabido este presidente de câmara do PS é uma nulidade se tivermos em linha de conta as asneiradas cometidas, a realização de obra digna desse nome, as promessas feitas em campanha eleitoral não cumpridas e os comentários negativos surgidos dos mais variados quadrantes e nos diversos meios de comunicação. A cerca dum ano do fim do mandato podemos afirmar que a CMMG dirigida por A. Pereira foi um fracasso total. Serão poucos aqueles que lhe reconhecem competência e capacidade para dirigir convenientemente os destinos do concelho, excepto o sr J. P. Pedrosa uma vez que tem o seu apoio. Se efectivamente considerarmos este mandato um fracasso, porque motivo J. P. Pedrosa o escolheu??? Será que dentro do PS não haverá uma personalidade de outro nível para candidato??? Como alguém já afirmou, A. Pereira arrisca-se a ser eleito por inexistência de candidaturas de oposição à altura e porque na hora da verdade receberá votos de muitos que então o criticavam...! Ou então reconhecem-lhe virtudes que outros não conseguem vislumbrar, por muitas voltas que deem à cabeça. Direi ainda que a oposição não precisa encontrar o candidato supremo para superiorizar A. Pereira, ou então estou demasiado equivocado..

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A AGRICULTURA E OS FOGOS.



Numa análise cuidada sobre as principais causas dos fogos nas ultimas décadas em Portugal, seria um erro dissociá-las deste sector fundamental na economia de qualquer nação, a agricultura.
Nos tempos de hoje já com idade para ser avô, apesar de tudo não me considero velho. Isto para dizer que nasci numa aldeia onde a pobreza era uma evidencia, já era obrigatório andar na escola, pelo menos até à antiga 4ª classe.  Já havia alguns empregos fabris nas proximidades, mas, pela força das circunstancias, praticamente andei nas terras e pinhais, na chamada agricultura de subsistência até à idade da tropa. Esta vivencia permite-me agora fazer uma avaliação do quanto é importante o desenvolvimento da agricultura, não só em termos de colmatar as nossas actuais insuficiências em produtos agrícolas, como da criação de empregos e defesa das florestas em relação aos fogos. Como é do conhecimento geral, em determinada altura,  (anos oitenta) deu-se inicio à destruição da nossa agricultura, pescas e industria pesada, a mando de então CEE e pela mão de Cavaco Silva, 1º ministro de Portugal na altura. Dizia-se que éramos um País de turismo, a maioria do povo acreditou, agora, se queremos os mercados abastecidos de trigo, fruta, legumes, carne, peixe, etc, temos que tudo importar, com as consequências gravíssimas que pesam na nossa balança comercial. E o turismo que temos actualmente, é o mesmo ou será ainda menos?
Voltando à agricultura do meu tempo de jovem adolescente, todos os extensos vales, alguns arneiros e encostas eram cultivados, com os mais diversos produtos adequados a cada tipo de terreno e estação do ano. Era feito o desbaste e limpeza das florestas e pinhais pelos seus proprietários, cujo mato era seco, junto e transportado para as habitações, onde servia de estrumeira nos pátios e cama de conforto aos animais domésticos, posteriormente aproveitado como abudo nas diversas semeaduras, após fermentação. Oh que sabor tinham aquelas batatas, os melões, os tomates e os pepinos; aquele grão de bico, o feijão, a fruta da época, as couves, etc...e a excelente e saborosa qualidade da carne que se obtinha dos porcos, galinhas, coelhos, perus, criados com as sobras dos diversos produtos agrícolas: ora das abóboras, do milho, da farinha, dos frutos de época de cargas excessivas das árvores, das cascas da batata com que faziam as chamadas lavaduras!!! Apesar das saudades dos sabores desse tempo, não é meu desejo que voltem, porque também eram tempos muito difíceis, talvez como os de hoje, em que os mais pobres não tinham dinheiro para comprar outros produtos que necessitavam. Em contrapartida acho que devia haver bons estímulos para que pudéssemos ter uma agricultura mais moderna, mais mecanizada, em suma, mais atractiva, e ao mesmo tempo sermos auto-suficientes. Consumirmos do que é nosso, muitas vezes de superior qualidade em relação aos importados, e sobretudo criar condições para que as gentes de regiões predominantemente agrícolas não tivessem que se deslocar para outras zonas do País e do estrangeiro em busca de melhores condições de vida.     
Pelo que atrás foi dito, esta actividade pela sua natureza seria suficiente para evitar a chaga de fogos a que temos vindo a assistir nas ultimas décadas. Mais, além da limpeza e cuidado da floresta, a simples presença dos humanos no campo, seria em simultâneo a respectiva vigilância anti-fogos... As terras então cultivadas serviam naturalmente de travão a eventuais fogos.
Bem me lembro que nesse tempo em que se passava o dia inteiro no campo, o almoço era confeccionado no momento, (grelhados de peixe ou carne) fazia-se fogueira para o churrasco e não aconteciam fogos, pois, apagar bem uma fogueira era um facto não descuidado... Agora que é proibido fazer fogueiras na floresta e em campo aberto, que há coimas avultadas para quem for apanhado a fazê-las na época de verão, os fogos acontecem com muito mais frequência e de maior dimensão.
Podemos então afirmar que ao destruir-se a agricultura, com o consequente abandono e falta de limpeza da floresta, além do que atrás foi dito sobre importação de produtos, também tivemos que investir milhões em meios de combate aos fogos e em meios humanos. Com isto, além da devastação da floresta, a consequente perda de meios materiais e humanos.
Em função do exposto e sem margem para duvidas, os políticos que têm dirigido os destinos do nosso País têm sido uns incompetentes em muitas áreas, se não em todas, mas, sobretudo nesta. Além de não saberem ou não quererem administrar devidamente ainda destroem. É tempo de dizermos não a esta gente que nos tem governado nas ultimas décadas e sabermos escolher quem verdadeiramente defende o que de melhor tem a nossa nação, o seu povo, a sua terra.


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O FUTURO DA HUMANIDADE.



Os povos do mundo vivem momentos de grande incerteza quanto ao futuro, sobretudo resultado da forte apropriação das grandes riquezas mundiais pelo capitalismo mais feroz alguma vez visto, com os EUA à cabeça. Esse capitalismo cruel e desumano, com sua ganancia cega pelo dinheiro e poder, mas, sobretudo para a manutenção de privilégios. Tudo destrói à sua passagem com a exp
loração desenfreada dos trabalhadores e através de guerras, directa ou indirectamente apoiadas por governos e organizações mundiais coniventes com seus interesses, apoderando-se assim das riquezas naturais tirando delas a grande fatia do lucro, com a consequente subjugação de todos os povos aos seus interesses, do ponto de vista economico e político. É a ditadura do capitalismo!!!
Este mesmo capitalismo já viveu tempos em que a sua predominância mundial era diminuta, resultado da ascensão ao poder de alguns povos em países de uma considerável zona do globo. O capitalismo recuou, ganharam os povos, o capitalismo avançou perderam os povos.
Quer se goste quer não, com os erros e com as virtudes das governações desses povos, o mundo sofreu um avanço no progresso, desenvolvimento economico e humano, alguma vez experimentado. O poder desses povos, talvez pela sua excessiva centralização, ruiu, constituindo terreno propício a nova escalada exploradora e de domínio capitalista, cuja ferocidade e cegueira, tão própria dessa classe, conduziu à crise que estamos a viver. É esta a dinâmica dessa classe exploradora que conduz os povos ao retrocesso civilizacional. Para isso têm necessidade de se apoderarem também dos principais meios de comunicação social, colocando-os ao seu serviço através de profissionais (comentadores, jornalistas) que todos os dias massivamente nos "vendem" a sua (deles) banha da cobra. Diríamos então, só acredita quem quer nas patranhas desses comentadores, mas, sendo eles letrados conhecem como ninguém as debilidades de instrução escolar e culturais dum povo, criando toda uma panóplia de propaganda sedutora que levam uma grande parte das populações mais incautas, desinteressadas e politicamente menos esclarecidas a acreditar naquilo que se verifica ser contrário aos seus próprios anseios. A isto poderia chamar de, formatação das mentes. Se relegarmos este facto ao nosso País, verificamos que em mais de trinta anos os portugueses acreditaram em puras mentiras. Haverá então alguém que ao ler estas palavras se sente melindrado, porque entretanto, ao longo destes anos foram contribuindo para a eleição daqueles que na prática estão sempre ao lado desse capitalismo, mas se sentem de pensamento autónomo e livres de influencias propagandísticas maliciosas, ou então se julgam de estatuto superior. Podemos incluir neste grupo ou estracto social muitos empresários, se não a sua grande maioria, porém, nada mais ilusório. Basta pensar um pouco sem preconceitos de classe. (É sabido haver alguns que têm plena consciência desta situação, bem hajam).
Podemos assim afirmar que o mundo está deveras perigoso, estando em causa o futuro da humanidade, se considerar-mos inclusivamente a degradação constante do meio ambiente, cuja degradação têm sempre a mão gananciosa do capitalismo.
Cabe então aos povos tomar consciência do seu papel enquanto sociedade, de que lado da barreira se devem colocar e agir colectivamente contra os malefícios devastadores desse mesmo capitalismo sem rosto e sem pátria.
Nada poderá vencer a força dum povo quando unido e determinado a dirigir livremente os seus próprios destinos sem subjugação de qualquer espécie. Só assim é possível um mundo mais fraterno, mais solidário, mais desenvolvido, sem corruptos, sem exploração, sem mentira, sem violência, onde todos tenham o direito à dignidade como seres humanos.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

MEDIOCRIDADE, INCOMPETÊNCIA E FALTA DE VISÃO.



Eis três adjetivos que têm dominado (falando só das ultimas décadas) a política portuguesa, tanto ao nível do poder político como em muitas empresas. E porque se verifica este fenómeno no nosso País? Pois bem, nem sempre os mais aventureiros ou empreendedores são os melhores profissionais, são porventura os convencidos aqueles que não olham a meios para atingir os fins.
Vamos então analisar a questão pelo lado do poder político, considerando as informações de que vamos tomando conhecimento.
Dos principais rostos dos políticos que têm assentado nas cadeiras do poder, são quase regra geral bem falantes, bem vestidos, bem lustrosos, alguns vaidosos, convencidos e ambiciosos do poder pelo poder, que se apresentam  endeusados,  iluminados, cuja "grandiosa" (?) obra ficará para a posteridade, mas, nem sempre serve uma nação no seu todo. Aliás, ela serve em muitos casos uma élite, tanto ao nível prático como em dividendos que daí possam advir.  Diria então que os verdadeiros profissionais, aqueles que efectivamente sabem fazer coisas, que têm o verdadeiro sentido de nobreza, falta-lhe a ousadia de se mostrarem convencidos e iluminados aos olhos do grande publico, e assim conseguirem os seus desígnios...
É assim que tem funcionado esta débil democracia. Aparece um ambicioso "ilusionista" encimado num palanque, com as camaras de TV, microfones de rádio, máquinas fotográficas e todo um exército de jornalistas formatados, qual comunicação social que ajudará à sua promoção mediática e consequentemente  ao poder. Dir-me-ão que foi através de eleições livres! Será o povo, com um nível de instrução escolar mediana, de cultura geral baixíssima assim tão livre de pensamento e decisão autónoma nas suas escolhas partidárias? A consciência politica dum povo inculto é inexistente ou dominada por grupos de interesses e caciques, levando os incautos a votar contra os seus verdadeiros e legítimos interesses...
Uma vez no poder começa o trabalho "familiar", do amiguimismo e do compadrio em geral, cujas escolhas não obedecem a factores de competência e honestidade. Temos como resultado um País (povo) saqueado por convencidos incompetentes, entretanto transformados em oportunistas e corruptos, colocando a riqueza criada pela maioria em beneficio próprio.
O que se passa ao nível do poder político, é também, em muitíssimos casos, prática corrente nalgumas empresas privadas. Quantos são aqueles cuja competência no desempenho da sua função é apenas reconhecida no segredo dos gabinetes, mas falta-lhe o jeito para passar o lustro... Quando se trata de promover ou ocupar lugares vagos nos seus quadros, há sempre alguém que, mesmo não possuindo conhecimentos ou não mostre capacidade para tal, basta-lhe ser esperto, gravitar, mostrar-se convencido ou ter o que se costuma designar por "padrinho". Em suma, neste País, tanto ao nível do poder político como nalgumas empresas, permeia-se a mediocridade, a incompetência e o chico-espertismo em detrimento da sabedoria, da inteligencia e da humildade. Os resultados que daí advêm são bem conhecidos!!!

Luis Cardeira

SER DEMOCRATA.




Ser democrata é ter bons princípios,

é respeitar o seu semelhante.
Ser democrata é ser generoso,
é pensar nos outros antes de si próprio.
Ser democrata é saber escutar,
para saber responder e decidir.
Ser democrata é ser "maior",
é ser nobre, inteligente. 
Ser democrata é ser humilde,
não subserviente.
Ser democrata é ser inconformado,
é não aceitar imposições ilógicas.
Ser democrata é ser defensor das liberdades fundamentais, não uma liberdade qualquer...
Ser democrata é ser revolucionário, é ter um coração do tamanho do mundo.
Meus amigos, às vezes não é fácil ser democrata...!!!

Um verdadeiro democrata não é só aquele que apregoa democracia, é aquele que a pratica...
A DEMOCRACIA, A LIBERDADE, OS EMPRESÁRIOS E O CAPITALISMO.

Primeiro que tudo distinguir empresários de capitalismo. Os empresários são indivíduos empreendedores que arriscam e hipotecam muitas vezes os seus bens pessoais com vista à produção de bens e serviços, enquanto que o capitalismo se dedica apenas a actividades financeiras altamente lucrativas, especulativas, com risco diminuto ou mesmo se
m qualquer risco, criando aquilo que todos conhecemos como monopólios.
Falemos então de pequenos e médios empresários. É verdade que muitos destes empresários têm o preconceito de que também eles são capitalistas, como tal, pensam fazer parte duma elite... Em meu entender, nada mais ilusório. Senão vejamos, e situe-mo-nos no pós 25 de Abril de 74 onde as grandes empresas nacionais (monopólios naturais) foram nacionalizadas. Mal ou bem foi a partir daqui que proliferaram as pequenas e médias empresas, cujas, permitiram algum desenvolvimento económico do País, alguma prosperidade social e respectiva criação de emprego. Então, porquê este desenvolvimento só a partir desta data e não doutra? Por muito que custe a muita gente aceitar esta realidade, ela é um facto inquestionável. Os governos de então, maus ou bons, chamaram ao estado (nacionalizações) estes sectores chave ou alavancas da economia nacional (altamente lucrativas) e, mal ou bem, colocaram-nos ao serviço do desenvolvimento nacional com o fornecimento de bens e serviços com preços mais reduzidos, dos quais também as pequenas e médias empresas se alimentam. Além disso, os altos lucros das grandes empresas (monopólio) serviam também para financiar sectores sociais da vida nacional que não são por natureza lucrativos: saúde, educação e obras publicas, (hospitais, centros de saúde, escolas, estradas, pontes, etc, etc... Que acontece agora com essas grandes empresas, após privatizadas, que nos fornecem bens e serviços, cobram por preços escandalosos nunca antes imagináveis, cujos revertem exclusivamente a favor de meia dúzia de capitalistas especuladores, que não investem um cêntimo na produção de bens, não criam empregos, e, o mais provável é que grande parte desse capital seja canalizado para os paraísos fiscais fora e dentro do nosso País.
Todos os governos que se seguiram às eleições de 1976 foram entregando aos privados essas grandes empresas com o argumento ilusório de que ia haver mais concorrência, e que daí advinham preços mais reduzidos para os consumidores, nada mais falso...! Se quisermos ser realistas, porque a análise não é difícil de fazer, verificamos que, com as privatizações temos a electricidade, o gás, os combustíveis, as comunicações e outros, a preços devastadores que levam muitas pequenas e médias empresas (muito dependentes destes factores) à falência precoce, para não falar das enormes dificuldades dos consumidores em geral, com baixas pensões, baixos salários, desempregados, etc, etc...
Já repararam, aqueles que possuem conta bancária (excluindo contas de gente abastada) onde recebem o seu salário, onde são descontadas as prestações da casa, do carro e outras, o dinheiro que é extorquido em comissões e despesas,( sabe-se lá de quê) muitas vezes quando se dá por isso está a conta negativa e, lá entram na conta a negativo mais uns vinte ou trinta euros. Já afirmei há 4/5 anos que este País estava a saque, diria melhor, é o povo português que está a ser saqueado...!!! Este é o preço pago por esta democracia e liberdade capitalistas, que têm tido como coniventes e apoiantes todos os governos de 1976 a esta parte, cujas vitimas são todo o povo, incluindo os pequenos e médios empresários.
Seria bom que esta classe empresarial tomasse consciência desta realidade e não elegesse, como muitos fazem, os trabalhadores como seus inimigos.

A DEMOCRACIA NAS EMPRESAS...




As empresas têm proprietários, sócios ou acionistas, caso se trate de empresas em nome, colectivo, anonimas e individuais.
É certo e sabido que quem manda nas empresas e toma decisões são os seus proprietários ou respectivas administrações em primeiro lugar, consultando eventualmente alguns dos seus colaboradores mais próximos. 
Também é sabido que para as empresas pr
oduzirem precisam de trabalhadores, muitos, poucos, ou nenhuns, dependendo da sua dimensão. (há casos em que os colaboradores são apenas os sócios)
Dito isto e falando nas empresas que colocam trabalhadores ao seu serviço, estes vão apenas desempenhar uma função que lhes é incumbida e ensinada, com ou sem formação especifica, onde cada um deles se revela com mais ou menos capacidade e interesse no desempenho da sua função.
As diretivas e as ordens são sempre emanadas dos seus quadros superiores, passando pelos intermédios até chegar ao trabalhador que vai executar essas ordens. Este por sua vez vai confrontar-se muitas vezes com situações inesperadas. É aqui que entra em ação a capacidade e a inteligencia do funcionário, capaz ou não de resolver com eficácia os problemas que lhe surgem. Muitas vezes a resolução dos problemas relaciona-se com a liberdade do trabalhador em ir mais além do que lhe foi incumbido. Quando se encontra refém de limitações impostas, outra solução não tem, que recorrer aos seus superiores para a solução do problema, o qual, por vezes o trabalhador tem bem identificado sabendo até com segurança a forma de o resolver. É aqui que pode entrar a democracia nas empresas. Poucos casos haverá em que o trabalhador tenha a liberdade de ir mais além das ordens recebidas, muito menos o pedido duma sugestão. Ora, por muito que saibamos numa determinada profissão, nunca sabemos tudo, o percurso duma vida profissional é uma aprendizagem constante. De salientar que, se um trabalhador tiver alguma liberdade para ir mais além do estabelecido, pode resolver um problema sem que tenha de recorrer a um seu superior, poupando tempo a este e, diminuindo o tempo de resolução.
Impõem-se a seguinte pergunta, quanto não terá a ganhar uma empresa que, sem preconceitos de estatuto, convida o seus trabalhadores a sugerir opiniões sobre o funcionamento e a forma organizativa de cada função? Estou plenamente convicto que todos tinham a ganhar, empregador e empregado, na organização, rapidez e eficácia, no desempenho de cada função.
Infelizmente não é isto que se passa na grande maioria das empresas portuguesas, por falta de alguma humildade intelectual e porque "eu é que sei e não admito que alguém aqui dentro saiba mais que eu, pago para trabalhar não para dar opiniões..."
É sabido que em muitas empresas da Europa existe esta abertura democrática aos empregados, também é sabido que dum modo geral as empresas europeias produzem com mais eficácia, são mais produtivas e com melhor qualidade que as portuguesas. (Salvaguardando as devidas excepções) Realçar o facto dos quadros intermédios de muitos países europeus terem melhor formação e outra mentalidade de acção prática de que os portugueses carecem, também este facto faz a diferença.
Por isso srs empresários, dispam-se de preconceitos, estimulem os vossos trabalhadores a participar em assuntos que porventura os ultrapassem, eles sentir-se-ão mais valorizados, empenhar-se-ão mais e melhor, provavelmente não cobram mais por isso, e, aumentarão os vossos lucros e prestigio da empresa.

REFLEXÃO SOBRE DEMOCRACIA E LIBERDADE.



Muito se discute sobre estes dois conceitos, sendo poucos aqueles que não se arrogam de democratas e defensores da liberdade. 
Em boa análise podemos dizer que democracia e liberdade não são dissociáveis, porém, haverá neles alguma subjectividade. Subjectividade porquê, se vivemos numa democracia tipo a nossa (ocidental) a democracia é uma miragem, exceptuan
do um acto eleitoral (e se analisar-mos este facto cientificamente, verificamos que a liberdade de escolha está em muitos casos condicionada pela força dos órgãos de comunicação social dominantes e por personagens locais (caciques) que exercem influencias num determinado sentido sobre os cidadãos, cujo grau de instrução escolar e cultural é diminuto ou inexistente, sendo que, as suas mentes são facilmente formatadas, levando-as a votar em sentido contrário aos seus verdadeiros interesses) ou o simples facto de podermos dizer que este ou aquele 1º ministro ou P. da Republica é mau. Assim, se procuramos um emprego, tratamos dum assunto numa repartição publica, etc, e somos conhecidos como simpatizantes dum determinado quadrante político, sujeita-mo-nos a ir porta fora no dia seguinte ou ser-mos tratados no atendimento de forma menosprezada. Neste tipo de democracia impera a lei do mais forte, ou seja, a lei do capitalismo, em que a restante sociedade e a democracia em si fica altamente condicionada pela força da economia dominada por meia dúzia de indivíduos que se apropriam dos principais sectores económicos duma sociedade, com a conivência e apoio dos governos que lhe são afectos. Isto não é democracia em meu entender, e, naturalmente no entender de pessoas simples e honestas que vêem no seu semelhante um ser com iguais necessidades, direitos e deveres. Portanto, neste aspecto a democracia e a liberdade individual estão inquinadas.

Numa ditadura haverá quem defenda a sua própria liberdade de exercer domínio absoluto sobre o seu semelhante, submetendo-o a vida dum povo a toda a espécie de interesses, privando-o das liberdades fundamentais. Se mencionar-mos os seres corruptos, os parasitas, os vigaristas, os políticos que usam e abusam da mentira sistemática para levar o ser humano mais simples e politicamente menos prevenido a cair nas suas teias de interesses obscuros. Aqui, a liberdade duns tantos choca com a liberdade da maioria.
Se analisar-mos os dois conceitos numa sociedade de cariz verdadeiramente socialista, encontramos sempre alguém que se sente privado de liberdade: a liberdade de explorar os outros a seu belo prazer, enriquecendo à custa do seu trabalho, cuja riqueza reverte exclusivamente em beneficio pessoal, a liberdade de corromper, de parasitar, de vigarizar, de mentir, etc, etc... Daqui decorre a concentração de riqueza muitas vezes esbanjada em altos luxos, enquanto a maioria laboriosa carece do básico à sua sobrevivência e do direito à felicidade.
Diria então, nem todos os elementos duma sociedade têm direito às liberdades fundamentais, (as suas) quando elas chocam com a verdadeira liberdade e democracia a que legitimamente um povo tem direito.

EXCERTOS DUMA ENTREVISTA.

Sobre a entrevista do sr vereador do PSD na CMMG ao JMG da passada semana:
À pergunta "que balanço faz dos 3 anos enquanto vereador na CMMG?" responde, "Os munícipes é que me poderão julgar mas penso que tenho, ao longo destes três difíceis anos tentado manter-me acima de interesses partidários, procurando a defesa dos interesses da Marinha Grande e suas freguesias. Mesmo quando muitos acham que deveria vetar algumas medidas, entendo que a Marinha Grande, se já está paralisada, qualquer força de bloqueio poderia ser a desculpa que o PS deseja para dizer que não conseguiu cumprir o que prometeu."
Mais à frente, "A minha preocupação neste momento é, se as condições o permitirem, exercer o mandato para que fui eleito com honestidade, responsabilidade, coerência e nunca esquecer as pessoas e a sua dignidade humana até ao fim. 
Quero contribuir para o desenvolvimento do concelho e denunciar sempre, em qualquer circunstancia:
-A má gestão ou gastos de dinheiros públicos, dinheiros de todos nós, que não se traduzam em mais-valia para o bem-estar das nossas populações, de forma geral e abstrata;"

De facto, são palavras bonitas de encher a alma...! Mas não chega porque de palavras bonitas estão os portugueses cheios, mas também cheios de problemas para os quais não contribuíram, se exceptuar-mos os votos expressos nos diversos partidos políticos...
Deduzo pelo que foi aqui afirmado pelo sr vereador, que tem aprovado medidas contra os seus próprios princípios com o simples argumento de não bloquear as medidas da maioria PS, para que este não se desculpe que não conseguiu cumprir o que prometeu. É efetivamente um bom argumento para aprovar aquilo que, no fundo concorda. Se a maioria PS resolvesse deitar a cidade ao mar também aprovaria??? 
Gostaria saber o que o sr vereador entende por interesses da Mª Grande e suas freguesias, ou melhor, a quem se destinariam esses interesses??? Sim, porque uma cidade sem pessoas não existe.
Exercer o mandato com honestidade, responsabilidade e coerência e nunca esquecer as pessoas e a sua dignidade humana. Não ponho em causa estes princípios, à excepção da coerência: então, aprovar aumentos brutais das taxas de água saneamento e outras, aprovar a instalação de parquímetros, em grande parte desnecessários como se veio a verificar, onde não se verifica uma obra digna desse nome que sirva a maioria da população, é nunca esquecer as pessoas e a sua dignidade, num momento tão difícil ??? 
Tem havido criticas publicas de despesas que não se sabe a quem servem, a começar pelos ditos parquímetros, quando há muitas de necessidade mais urgente e que mais favorecem a população, e nunca ouvi do sr vereador qualquer denuncia pública???
Sr vereador, em que ficamos?
Afirma também que a Mª Grande está paralisada, e quem também tem a sua cota parte de responsabilidades dessa paralisação...???
É sabido que, em função duma gestão tão fraca como antes nunca visto, desta CMMG, o sr vereador tem vindo teoricamente aos poucos a mostrar publicamente o seu afastamento desta gestão, da qual o sr tem muita responsabilidade. Veja no que dá ser incoerente, entre o que se diz e o que na prática se faz...?
Nem toda a população anda atenta ao que se vai passando nos corredores da autarquia, mas nem todos se alheiam...!!!