Todos nos lembramos da recente manifestação de 15 de Set convocada a partir das redes sociais, dos motivos que levaram à sua realização, a aplicação da TSU e o impacto que teve junto dos governantes. Alguns empresários de topo, sobretudo ligados ao comércio alimentar e outros, também manifestaram a sua discordância sobre a aplicação desta medida, de que iria prejudicar os seus negócios.
Abandonada esta medida, o governo PSD/CDS não se fez esperar em engendrar uma brutal subida de impostos, reconhecido por muitos como um "napalm" fiscal, que, no seu todo é muito superior à TSU. Como quem diz, "abdiquei da pistola, agora estou de metralhadora", ou seja, o governo deu um passo atrás e três à frente, reforçando a dose a aplicar aos trabalhadores. Era suposto que os tais empresários fossem beneficiados com a TSU, os trabalhadores eram prejudicados com certeza. Agora, perante a carga fiscal reforçada é legitimo questionar, tanto esses empresários como os "apartidários" que convocaram essa manifestação. Se a carga fiscal substituta da TSU é muito superior a esta, então ficamos com muito menos dinheiro para dar resposta às nossas despesas correntes e consequentemente menor consumo de produtos alimentares e domésticos.
Desses empresários nada se espera porque a razão da sua existência é o menor custo e o máximo lucro. O que espanta são os senhores responsáveis pela iniciativa de 15 de Set, que supostamente vivem dos rendimentos do seu trabalho e se ficaram por aí. Terão sido identificados e "comprados" para ficarem quietinhos ou estarão a preparar alguma manifesta surpresa "apartidária" para o inicio do ano que vai entrar, logo após verificarem os seus rendimentos altamente reduzidos? Vamos aguardar para ver, quem luta com persistência não se resignando, e quem dá um coice derrubando a carga para depois aceitar obedientemente uma carga superior.
Luis Cardeira
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