segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A URGÊNCIA QUE SE IMPÕE AO PAÍS

Ao desfolhar um jornal nacional deparo-me com as declarações dum psiquiatra afirmando que o aumento do numero de pessoas que se vem suicidando, tem relação directa com a situação de crise imposta à população. Este problema é de facto uma triste realidade, entre outras.
Importante também o facto dos números sobre a mortalidade infantil serem dos mais baixos da Europa, resultado da eficiência, técnicas, competência e dedicação de muitos dos nossos profissionais de saúde.
Quanto ao aumento do numero de suicídios, o sistema de saúde não os poderá evitar só por si. Já no que respeita à mortalidade infantil, com o agravamento das condições de vida das populações e do acesso aos cuidados de saúde, este factor pode, a breve trecho entrar em regressão. A verificar-se esta situação, seria muito negativo para a população em geral, mas sobretudo para a credibilidade do nosso Serviço Nacional de Saúde.
Dispomos também dum sistema de educação nacional que, apesar de alguma evolução e alguma possibilidade de acesso a cursos técnicos e superiores por parte de jovens com poucas ou nenhumas possibilidades económicas, ainda deixa muito a desejar relativamente às promessas dos sucessivos governos  e daquilo que seria desejável, tendo em conta os níveis de ensino e preparação de jovens doutros países da Europa, na qual estamos inseridos. (podem alguns questionar, mas afinal o que entende esta pessoa destes assuntos? Claro que não está por dentro e não será preciso estar!  São muitas as noticias, debates, entrevistas, que vemos e lemos nos diversos órgãos de comunicação social por parte de especialistas na matéria, o que permite tomar conhecimento de realidades, não falando já das conversas pessoais com profissionais e estudantes da nossa área de convivência e com conhecimento de causa)

Depois do exposto e tendo em conta o rumo político traçado pelo governo chefiado por P. Coelho, PSD/CDS, diríamos que, com o empobrecimento geral do povo propositadamente levado às ultimas e miseráveis consequências, com muitos casos conhecidos de famílias desesperadas sem trabalho, sem ajudas de ninguém, sem pão para comer e dar aos filhos, a perda da casa; pequenos e médios empresários que, por força das dificuldades impostas a todos os níveis, perderam tudo e hoje vivem na miséria, por isso não é de espantar o aumento do numero de suicídios.
Não é de admirar que a todo o momento a taxa de mortalidade infantil suba.
Não é de admirar que a esperança de vida encurte por falta de condições económicas de acesso aos cuidados de saúde, à protecção e cuidados na velhice, na alimentação, etc.
Não é de admirar que os estudantes deixem de entrar nas escolas superiores, outros vão desistindo, porque os pais não têm condições de apoio, as propinas aumentam, as bolsas de estudo são reduzidas ou, por  falta dum qualquer documento burocrático que antes não era exigido, são simplesmente cortadas. São inúmeras as situações que aqui se podiam explanar, mas, estas são suficientes para caracterizar o estado a que os diversos governantes nos conduziram.
Agora, pergunta-se a P. Coelho e ao seu governo, (pergunta legitimamente extensiva aos dirigentes do PS por não estarem isentos de iguais e anteriores culpas na ruína do País) é com o povo desesperado e completamente desmotivado, é com o povo doente, com instrução escolar deficiente ou inexistência dela  que quer resolver o problema do País? Talvez eles saibam que não é assim, mas é assim que querem; são essas as ordens que recebem dos credores, é o seu fanatismo ideológico, porque o seu objectivo claro é de facto pôr o povo a pão e água, aterrorizá-lo, e assim melhor domínio psicológico sobre o "rebanho". Porque eles querem saúde , escolas, lugares dourados, só para ricos, fazendo dos outros escravos. Porque dizem que o estado social é insustentável, que não há dinheiro que chegue, quem quiser regalias que as pague, (àqueles que já estão reformados e descontaram uma vida para um fim para uma recta final mais feliz e agora lhes é roubado) tudo em nome do capital financeiro internacional, troika. Mas há sempre dinheiro para os  gastos do estado em beneficio deles, dos amigos da família. Nunca faltam uns milhões de euros para alimentar os especuladores da banca, como foi o caso recente do Banif.
Ainda há quem seja favorável à continuação deste governo demoníaco que destrói o País, que inquina o futuro da vida de gerações de seres humanos. Ainda há quem ache não haver ninguém neste momento com capacidade para os substituir, que eleições antecipadas são mais um custo pata o País. Pois, e se em vez de darem o beneficio da dúvida a esta "garotada" do governo, com provas negativas de governação nunca vistas, olhassem a realidade e dessem um contributo para retirar do poder o verdadeiro mal da Nação? Nada mais urgente neste momento dramático...!!!

Luis Cardeira

1 comentário:

  1. esta é a realidade nua e crua. Estes individuos, crueis, sem escrupulos e sentimentos, estão a destruir um País. Portugal está cada vez mais pobre. As principais empresas, aquelas que poderiam ser a alavanca da nossa economia tanto produtiva como social, estão a ser privatizadas a toda a força. Estes malandros entregam os nossos melhores recursos ao capital financeiro internacional e depois procuram investimento estrangeiro para desenvolver a nossa economia, dizem eles. Vejam as contradições destes abutres de merda, que estão ao serviço dos grandes interesses económicos do grande capital financeiro. Os Borges, os Moedas, os Gaspares, os Alvares, todos eles e outros mais andaram por instituições estrangeiras a formarem-se para melhor servirem os senhores do capital especulativo. Vivemos o momento da economia financeira, depois de termos passado pela economia comercial, economia industrial e agora esta fase, que significa a agudização do capitalismo o qual já não encontra soluções para resolver as suas próprias contradições, vai tentando subsistir através de gente sem escrupulos que foi educada para servir e servir-se das mais valias de quem produz riqueza. Os povos um dia, se é que já não estão, compreenderão que as mais valias do trabalho existem e essas são pertença de todos e não dos exploradores que arranjaram esquemas que lhes permitem absorver a riqueza. Um dia, certamente que não vem longe, saberemos todos dar a volta a isto.

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