Vou aqui lançar uma provocaçãozinha às mulheres, extensiva aos homens. Digo primeiro às mulheres por achar que elas são exteriormente um pouquinho mais vaidosas que os homens.
Não será alheio a quem dá alguma atenção ao que o rodeia, neste caso a actual geração feminina que se situa entre os 30 e 60 anos de idade, elegante e exteriormente bem "produzida", enchendo o olho de cobiça aos homens e mulheres menos distraídos. Isto, sem menosprezo pelos grupos etários fora do escalão enunciado.
Como a vida não se faz apenas de aparência, cabe aqui perguntar se esta geração feminina, (e masculina também) cuida ou cultiva do mesmo modo a sua beleza interior? Pessoalmente considero que estes dois factores conjugados tornam de facto o ser humano belo, mas, a inexistência dum deles, creio, desequilibra mais que o outro. Do meu ponto de vista (cidadão comum) a beleza exterior é aquela que mais encanta ao primeiro olhar, mas, se a outra falta, esta desvanece-se um pouco. Ao invés, a beleza interior só será descoberta com conhecimento e conversação, mas é delas a mais consistente, acabando por dar relevo à exterior.
E qual das belezas cada um de nós mais cultiva, qual delas acha mais importante para si, para a sua vida familiar, profissional e social???
(Não se pretende com este texto melindrar a sensibilidade de alguém, pretende-se apenas trazer à reflexão e discussão de quem tenha opinião sobre o tema. Vá mulheres, vocês costumam ser mais ousadas nestas coisas, dêem a vossa opinião no sentido de retirar algo valioso para o nosso conhecimento.)
Tem razão quando defende que a ausência de beleza interior nas pessoas, sejam elas mulheres ou homens, lhes tolda um tanto a beleza exterior, por muito esplendorosa que esta seja. De fato, por imensas vezes já me aconteceu estar com pessoas que achava muito giras, mas que após algum convívio, não tardei em descobrir motivos para as considerar, afinal, sem graça e até patéticas, porque detetei que quase tudo nelas é pose. Para mim, que sou defensora da coerência, aborrece-me, sobremaneira, toda a pessoa que fala muito bem, diz coisas muito acertadas, belas e inteligentes, mas que é incapaz de as pôr em prática. Dou-lhe um exemplo, e já que sou mulher, elejo um exemplo masculino: aquele político ícone do "chico espertismo" português, que até chegou a ser considerado um homem bem encarado, ou seja, com aspeto agradável (foi o que li na blogosfera), mas que uma vez revelado o seu caráter, artista em habilidades manhosas, todo o seu esplendor implodiu. Aquilo não vale nada! Atualmente, poucos são os que não sentem um vómito só de visionar na televisão aquele "carão" bem nutrido e luzidio que, de súbito, se tornou algo repelente. No entanto, não falta quem se preste a adular este tipo de gente, até os mais insuspeitos.
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