sexta-feira, 20 de setembro de 2013

COERÊNCIA E ÉTICA.



Qualidade humana de que muitos carecem, ou simplesmente o seu conceito de vida é incompatível com tais atributos. A ganancia, altivez, sobranceria, desejo absoluto pelo poder, domínio sobre o seu semelhante, são adjectivos (conceitos) que não se compadecem, que desprezam, a coerência e a ética. 

Podemos, numa breve análise sobre os anos que se seguiram ao 25 de Abril de 1974, concluir que, não faltaram no xadrês político nacional, quem se mostrasse desprovido destes atributos, na busca individualista de protagonismo e poder, como consequência, a procura de riqueza. Uns saltaram dum partido que, pela sua natureza não abre mão a tais pretensões, para outros onde mais facilmente encontraram o tão desejado lugar ao sol da fortuna. Outros ainda por qualquer rejeição de ideias ou conflito de interesses, bateram com a porta, procurando porta semelhante, ou mesmo já aberta noutras paragens de fácil acesso ao seu desejo intrínseco. 

Nada de mal teria a ausência de tais valores se a sua prática na ocupação do poder se revelasse com carácter verdadeiramente nobre! Mas, também aqui a ausência de nobreza se revela incompatível com coerência e ética.

A prova que nos oferece a incoerência, a falta de ética, a desvinculação e o ingresso noutras formações partidárias de prática equivalente, é o estado do País, a degradação da democracia e da política em geral.

Luis Cardeira

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