sábado, 10 de novembro de 2012
A JUSTEZA DA VERDADE.
No editorial do JMG desta semana dia 8, escreve o seu director sobre os desenvolvimentos partidários locais com vista às eleições autárquicas do próximo ano, colocando os dois principais partidos ao mesmo nível de responsabilidade governativa pelo que de bom e mau se tem realizado ao longo dos anos pós 25-04-74.
Pretendo apenas defender o que acho justo, razão pela qual esta critica.
Acho esta opinião demasiado tendenciosa, se não injusta, ou seja, "se uns fizeram mal os outros também..." isto é também o que se ouve por parte de alguns sectores da política nacional, "são todos iguais", "se eu comi os outros também comeram", etc, etc...
Sabem os mais atentos a esta coisa das governações locais que, embora todos façam algo de bom e útil e todos possam cometer erros, uns têm seguramente feito mais e melhor, enquanto outros cometeram erros graves demais que custam muito caro aos munícipes. Se quiser-mos ser imparciais na análise, basta estudar o passado das governações camarárias e o sr director do JMG terá com certeza ao seu dispor informação bastante para uma avaliação correcta e justa. São opiniões desta natureza que levam muitas vezes os mais desprevenidos sobre estas questões a ficar confusos sobre quem fez o quê e não fez, e devia ter feito.
Diz-se que a comunicação social é o quarto poder, parece-me ser verdade, até a nível local. Portanto, um jornalista que se queira sério na análise e informação, deve ser rigoroso, informando com toda a verdade.
O sr director sabe como ninguém a força partidária que mais se empenhou na construção do saneamento básico. Sabe como ninguém, e ele próprio já escreveu sobre o assunto algumas semanas após a conferencia de Barros Duarte no SOM, conduzida pelo seu jornal, onde o ex-presidente de câmara afirmou os motivos principais da desertificação do centro da cidade e seus responsáveis.
Perante o enunciado no seu editorial sobre as andanças partidárias locais, questiona no fim, "se devemos votar?". Ora, parece-me esta pergunta desajustada, como que, convidando ao alheamento dum acto eleitoral. Mas enfim, provavelmente somos quase todos uns apartidários, mas no fundo, somos tão partidários como os partidários, apenas de forma mais subtil...
Luis Cardeira
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