terça-feira, 7 de agosto de 2012

MEDIOCRIDADE, INCOMPETÊNCIA E FALTA DE VISÃO.



Eis três adjetivos que têm dominado (falando só das ultimas décadas) a política portuguesa, tanto ao nível do poder político como em muitas empresas. E porque se verifica este fenómeno no nosso País? Pois bem, nem sempre os mais aventureiros ou empreendedores são os melhores profissionais, são porventura os convencidos aqueles que não olham a meios para atingir os fins.
Vamos então analisar a questão pelo lado do poder político, considerando as informações de que vamos tomando conhecimento.
Dos principais rostos dos políticos que têm assentado nas cadeiras do poder, são quase regra geral bem falantes, bem vestidos, bem lustrosos, alguns vaidosos, convencidos e ambiciosos do poder pelo poder, que se apresentam  endeusados,  iluminados, cuja "grandiosa" (?) obra ficará para a posteridade, mas, nem sempre serve uma nação no seu todo. Aliás, ela serve em muitos casos uma élite, tanto ao nível prático como em dividendos que daí possam advir.  Diria então que os verdadeiros profissionais, aqueles que efectivamente sabem fazer coisas, que têm o verdadeiro sentido de nobreza, falta-lhe a ousadia de se mostrarem convencidos e iluminados aos olhos do grande publico, e assim conseguirem os seus desígnios...
É assim que tem funcionado esta débil democracia. Aparece um ambicioso "ilusionista" encimado num palanque, com as camaras de TV, microfones de rádio, máquinas fotográficas e todo um exército de jornalistas formatados, qual comunicação social que ajudará à sua promoção mediática e consequentemente  ao poder. Dir-me-ão que foi através de eleições livres! Será o povo, com um nível de instrução escolar mediana, de cultura geral baixíssima assim tão livre de pensamento e decisão autónoma nas suas escolhas partidárias? A consciência politica dum povo inculto é inexistente ou dominada por grupos de interesses e caciques, levando os incautos a votar contra os seus verdadeiros e legítimos interesses...
Uma vez no poder começa o trabalho "familiar", do amiguimismo e do compadrio em geral, cujas escolhas não obedecem a factores de competência e honestidade. Temos como resultado um País (povo) saqueado por convencidos incompetentes, entretanto transformados em oportunistas e corruptos, colocando a riqueza criada pela maioria em beneficio próprio.
O que se passa ao nível do poder político, é também, em muitíssimos casos, prática corrente nalgumas empresas privadas. Quantos são aqueles cuja competência no desempenho da sua função é apenas reconhecida no segredo dos gabinetes, mas falta-lhe o jeito para passar o lustro... Quando se trata de promover ou ocupar lugares vagos nos seus quadros, há sempre alguém que, mesmo não possuindo conhecimentos ou não mostre capacidade para tal, basta-lhe ser esperto, gravitar, mostrar-se convencido ou ter o que se costuma designar por "padrinho". Em suma, neste País, tanto ao nível do poder político como nalgumas empresas, permeia-se a mediocridade, a incompetência e o chico-espertismo em detrimento da sabedoria, da inteligencia e da humildade. Os resultados que daí advêm são bem conhecidos!!!

Luis Cardeira

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